Investing.com - A cotação do petróleo continuava a cair nesta sexta-feira, já que preocupações com o aumento da produção dos EUA continuavam a pesar muito sobre a commodity.
O contrato do petróleo bruto West Texas Intermediate com vencimento em março recuava US$ 0,77, ou cerca de 1,32%, para US$ 60,32 o barril por volta das 13h00, valor mais baixo desde 3 de janeiro.
Do outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em abril na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres tinham perdas de US$ 0,89, ou cerca de 1,34%, e o barril era negociado a US$ 63,91, seu valor mais baixo desde 20 de dezembro.
O abalo nos preços do petróleo ocorreu após dados mostrarem que a produção dos EUA ultrapassou a marca de 10 milhões de barris por dia na semana passada.
A produção doméstica de petróleo, conduzida pela extração de shale oil, subiu 3,3% e chegou à máxima histórica de 10,25 milhões de barris por dia, afirmou a Administração de Informação de Energia dos EUA. Esse número fica acima dos números da Arábia Saudita, principal exportador, e próximo dos níveis de produção da Rússia.
A commodity também sentia a pressão das notícias sobre o aumento de 1,9 milhão de barris nos estoques comerciais de petróleo dos EUA na semana encerrada em 2 de fevereiro, que totalizaram 420,25 milhões de barris.
Isso elevou os temores de que o aumento na produção dos EUA poderia prejudicar os esforços da Opep para retirar o excesso de oferta do mercado.
O grupo de produtores, em conjunto com países externos à organização, liderados pela Rússia, chegou a um acordo em dezembro para estender os atuais cortes na produção por mais nove meses até o final de 2018.
O pacto para cortar a produção de petróleo em 1,8 milhão de barris por dia foi adotado no último inverno pela Opep, Rússia e outros nove produtores globais. O acordo deveria acabar em março de 2018, uma vez que já teve uma extensão.
Além disso, o Irã anunciou planos de elevar sua produção dentro dos próximos quatro anos em, pelo menos, 700.000 barris por dia.
Em outras negociações, contratos futuros de gasolina recuavam 1,18% para US$ 1,730 o galão, ao passo que os contratos futuros de gás natural tinham perdas de 2,42% e eram negociados a US$ 2,628 por milhão de unidades térmicas britânicas.