Investing.com - A cotação do petróleo estava em alta nesta segunda-feira, impulsionada por uma redução na produção nos EUA e por tensões elevadas entre EUA e Irã que poderiam levar à imposição de sanções sobre Teerã mais uma vez, o que prejudicaria as exportações de petróleo do país do Oriente Médio.
Contratos futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) ganhavam US$ 0,18, ou cerca de 0,28%, com o barril negociado a US$ 65,12 às 05h19.
Contratos futuros de petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, avançavam US$ 0,30, ou 0,43%, para US$ 69,94 o barril.
A cotação da commodity mantinha sustentação após um relatório ter mostrado a primeira redução na atividade de extração nos EUA em três semanas.
A Baker Hughes, empresa prestadora de serviços de energia, afirmou na quinta-feira que o número de sondas de exploração de petróleo ativas nos EUA teve redução de sete e totalizou 797. O relatório atentamente observado foi divulgado um dia antes do normal devido ao feriado da Sexta-Feira Santa.
O relatório aliviou preocupações de que a crescente produção de shale oil dos EUA poderia afetar os esforços da Organização dos Países Exportadores de Petróleo para acabar com o excesso de oferta.
A Opep, em conjunto com alguns países externos à organização liderados pela Rússia, está restringindo a produção em 1,8 milhão de barris por dia para reduzir o excesso de oferta do mercado.
A possibilidade de extensão para o ano que vem dos cortes na produção conduzidos pela Opep continuava a dar sustentação aos preços do petróleo.
A commodity também obtinha sustentação devido à possibilidade de uma linha mais dura dos EUA em relação ao Irã após recentes críticas feitas por Donald Trump, presidente norte-americano, ao acordo internacional de 2015 para conter o programa nuclear iraniano.
Caso os EUA deixem o acordo e imponham novamente sanções econômicas sobre o Irã, a produção de petróleo de um dos maiores membros da Opep seria afetada.
Os volumes de negociação provavelmente permaneceram baixos nesta segunda-feira com mercados na Europa fechados devido ao feriado de Páscoa, ao passo que os mercados nos EUA irão reabrir após o feriado de Sexta-Feira Santa.