Investing.com - A cotação do petróleo permanecia na defensiva nesta quarta-feira, ainda em baixa após dados mostrarem que os estoques de petróleo bruto nos EUA tiveram aumento inesperado na semana passada, destacando as preocupações com o retorno da sobreoferta.
Contratos futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate caíam US$ 0,39, ou cerca de 0,6%, com o barril negociado a US$ 64,81 às 11h34 A cotação estava em torno de US$ 64,44 antes da divulgação dos dados dos estoques.
Além disso, contratos futuros de petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, recuavam US$ 0,30, ou cerca de 0,4%, para US$ 69,12 o barril.
A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) afirmou em seu relatório semanal que os estoques de petróleo bruto tiveram aumento de 1,6 milhão de barris na semana que se encerrou em 23 de março.
Isso frustrou expectativas de redução em torno de 0,2 milhão de barris, mas foi menor do que o aumento de 5,3 milhões de barris apontado pelo Instituto Americano de Petróleo na terça-feira.
O estoque em Cushing, Oklahoma, o principal ponto de entrega para o petróleo bruto da Nymex, teve aumento de 1,8 milhão de barris barris na última semana, informou a EIA.
O total dos estoques de petróleo bruto nos EUA ficou em 429,9 milhões de barris na semana passada, o que a EIA considera estar na metade inferior da faixa média para esta altura do ano.
A produção norte-americana de petróleo chegou à máxima histórica de 10,43 milhões de barris por dia na semana passada, ficando acima dos níveis de produção da Arábia Saudita, principal exportador do mundo, e aproximando-se dos níveis da Rússia, maior produtor de petróleo do mundo.
Analistas e investidores alertaram recentemente que produtores de shale oil nos EUA poderiam afetar os esforços da Opep para reduzir o excesso de oferta.
O relatório também mostrou que os estoques de gasolina tiveram redução de 3,5 milhões de barris, o que se compara às expectativas de redução de 2,0 milhões de barris. No caso de estoques de destilados, incluindo diesel, a EIA relatou uma redução de 2,1 milhões de barris.