Investing.com - Preços do petróleo chegavam ao nível mais alto da sessão nas negociações desta segunda-feira na América do Norte após a Arábia Saudita prometer fazer cortes mais profundos em suas exportações de petróleo em agosto como um esforço para diminuir a sobreoferta global.
A Arábia Saudita, maior produtor da OPEP, limitará suas exportações a 6,6 milhões de barris por dia em agosto, afirmou Khalid Al-Falih, ministro saudita de energia, após uma reunião com outros produtores que discutiu a conformidade com os cortes na produção do cartel.
Os ministros do petróleo reunidos em São Petersburgo, Rússia, não fizeram grandes mudanças em seu acordo de abastecimento, sem discutirem a limitação da produção da Líbia e da Nigéria.
Entretanto, diversas relatos afirmam que a Nigéria se comprometeu voluntariamente a participar dos cortes caso atinja um nível de produção de 1,8 milhão de barris por dia. A Líbia, que aumentou a produção para acima de 1 milhão de barris por dia, não planeja limitar a produção até atingir sua meta de encher 1,25 milhão de barris por dia.
Os dois países foram dispensados do pacto entre os principais produtores de petróleo para que a produção se recuperasse de anos de instabilidade.
Em maio, a OPEP e alguns produtores externos à organização estenderam o corte de 1,8 milhão de barris por dia no abastecimento até março de 2018.
Ministros de energia na reunião afirmaram que o acordo de limites da produção poderia ser estendido para além do primeiro trimestre do próximo ano caso necessário, de acordo com vários relatos.
O contrato com vencimento em setembro do petróleo bruto West Texas Intermediate estava cotado a US$ 46,22 o barril às 8h05 (horário de Brasília), alta de US$ 0,45 ou de cerca de 1%. Mais cedo durante a sessão, chegou a US$ 45,41, seu valor mais baixo desde 13 de julho.
Do outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em setembro na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres avançavam US$ 0,53, ou cerca de 1,1%, e o barril era negociado a US$ 48,59 após terem caído para US$ 47,70 durante a noite, mínima de mais de uma semana.
O WTI registrou quase 1,7% de queda na semana passada, ao passo que o Brent perdeu quase 1,8%, já que o sentimento azedou em meio a indicações de que a oferta da OPEP deveria crescer, apesar do acordo do cartel de reduzir a produção.
Enquanto isso, nos EUA, números semanais da Baker Hughes, empresa fornecedora de serviços de energia, mostraram que o número de sondas ativas extraindo petróleo teve redução de 1 e totalizou 764 na semana passada, sugerindo sinais iniciais de moderação do crescimento da produção doméstica.
A contagem é vista, normalmente, como um indicador da perspectiva de produção doméstica.
Nesta semana, participantes do mercado prestarão atenção nas mais recentes informações semanais sobre os estoques norte-americanos de petróleo bruto e produtos refinados na terça e na quarta-feira para avaliar a força da demanda do maior consumidor de petróleo do mundo.