Os contratos futuros de petróleo fecharam sem direção única nesta sexta-feira, após uma deterioração na reta final da sessão, que devolveu parte dos ganhos registrados após divulgação do relatório de emprego (payroll) nos Estados Unidos. A forte desvalorização do dólar sustentou a commodity pela manhã, mas incertezas sobre a economia global e a demanda acabaram jogando o Brent para o vermelho e diminuindo os ganhos do WTI.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para fevereiro de 2023 fechou em alta de 0,14% (US$ 0,10), a US$ 73,77 o barril, enquanto o Brent para março, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 0,15% (US$ 0,12), a US$ 78,57 o barril. Na semana, os recuso foram de 8,09% e 8,54%, respectivamente.
Mais cedo, o petróleo foi beneficiado pela queda do dólar após o payroll dos EUA indicar um mercado de trabalho mais forte que o esperado, mas com crescimento do salário médio por hora abaixo do previsto. Entretanto, ao fim do pregão, o preço do óleo virou para o negativo, devolvendo os ganhos recentes motivado pelas preocupações em relação à demanda.
Segundo relatório do Commerzbank, enviado para clientes, as quedas recentes do petróleo vêm sendo motivadas pelas preocupações em relação à demanda em meio aos temores por novas restrições na China ante novas infecções da covid-19.
O banco destaca que investidores devem permanecer atentos com novas previsões do Departamento de Energia dos Estados Unidos, que incluirá pela primeira vez projeções para 2024.
Já na visão da Capital Economics,os preços devem continuar em queda nos próximos meses, à medida que as economias avançadas oscilam à beira da recessão, o que pioraria a demanda pelo óleo, puxando os preços para baixo. Entretanto, para o fim de 2023, a perspectiva é positiva. "Os preços do petróleo devem ser revividos no final do ano por uma retomada na demanda em um momento de oferta restrita."