Os contratos futuros de petróleo registraram ganhos, nesta quarta-feira. A commodity já exibia sinal positivo no início do dia, em reação ao dado do American Petroleum Institute (API) que apontou queda forte nos estoques dos Estados Unidos. O dado oficial de estoques semanais no país, publicado nesta manhã pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês), fortaleceu o movimento, e mesmo uma perda de fôlego adiante não impediu que o sinal positivo se confirmasse.
O WTI para julho fechou em alta de 1,96% (US$ 1,43), em US$ 74,34 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês subiu 1,98% (US$ 1,52), a US$ 78,36 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
O DoE informou que os estoques de petróleo dos EUA caíram 12,4 milhões de barris, na semana encerrada em 12 de maio, quando analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam alta de 700 mil barris. Os estoques de gasolina e os de destilados também caíram, enquanto a produção média diária avançou a 12,3 milhões de barris por dia na semana.
Após o dado, os contratos ganharam fôlego e chegaram a subir 2%, para depois ajustar parte do movimento. A Oanda via ainda mais cedo o petróleo apoiado pelo alerta da Arábia Saudita sobre eventuais medidas da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), a depender do quadro no mercado. O grupo se reúne em 4 de junho.
A corretora acredita que os operadores podem não querer testar o ímpeto do grupo, já que ele deu mostras no mês passado de que pode agir para apoiar os preços, mas a Oanda complementa que uma falta de medida poderia provocar forte baixa.
Para o Swissquote, a Arábia Saudita deu um "sinal claro" de que a Opep e aliados preparariam outro corte no início de junho. Ao mesmo tempo, o banco acredita que a medida deve ter impulso limitado. De qualquer modo, o Swissquote também notava que o petróleo mostrava fôlego mesmo em momento de certa cautela nos mercados, por causa do impasse prolongado sobre a elevação do teto da dívida do governo federal nos Estados Unidos.