Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira, último dia de pregão na semana. Os preços da commodity se elevaram após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) informar que vai suspender gradualmente seus cortes de produção entre maio e julho. Investidores olham para as perspectivas de alta da demanda global por petróleo, diante do esperado relaxamento das medidas restritivas contra a pandemia em algumas das principais economias mundiais nos próximos meses.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI com entrega prevista para maio fechou em alta de 3,87% (+US$ 2,29), cotado a US$ 61,45 o barril, avançando 0,79% na semana.
Já o Brent para junho subiu 3,38% (+US$ 2,12), a US$ 64,86 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). No acumulado semanal, os ganhos foram de 0,67%.
Em relatório divulgado após a reunião mensal da cúpula da Opep+, o cartel informou que vai reduzir gradualmente os seus cortes na produção de petróleo entre maio e julho, enquanto a Arábia Saudita manterá seus cortes voluntários em 1 milhão de barris por dia (bpd) em abril.
Em coletiva de imprensa após a divulgação do documento, o ministro de Energia saudita, Abdulaziz bin Salman al-Saud, classificou a decisão da Opep+ como "bastante conservadora", e deixou aberta a possibilidade de novos ajustes nas próximas reuniões do grupo, de acordo com a resposta do mercado.
Apesar do aumento na produção da Opep+, o petróleo subiu nesta quinta à medida que investidores esperam por uma oferta global ainda insuficiente nos próximos meses, já que a vacinação contra o coronavírus deve auxiliar a retomada das atividades e, por consequência, a retomada da demanda pela commodity energética, segundo avalia a Capital Economics, em relatório a clientes.
"Ainda que a decisão da Opep+ eleve a produção global de petróleo a níveis maiores que o projetado para 2021, com o aumento da oferta sendo apenas gradual e o relaxamento das medidas de quarentena impulsionando a demanda global, o mercado de petróleo deverá permanecer deficitário pelo resto deste ano", projeta a casa.