O petróleo fechou em alta modesta nesta quarta-feira, 13. A commodity registrou volatilidade e operou em baixa durante boa parte da sessão, à medida que investidores digeriram dados de inflação e estoques semanais nos EUA, bem como o corte nas projeções para a demanda global da Agência Internacional de Energia (AIE), que mais cedo divulgou relatório mensal.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega marcada para agosto subiu 0,48% (US$ 0,46), a US$ 96,30, enquanto o do Brent para o mês seguinte avançou 0,08% (US$ 0,08) na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 99,57.
Segundo a Oanda, o petróleo operou em "leve recuperação do colapso de ontem", quando os contratos mais líquidos terminaram o dia em baixa de 7% a quase 8% em Nova York e Londres.
A alta acima do esperado do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA em junho reforça a chance de alta agressiva do juro pelo Federal Reserve (Fed), o que ajuda a deteriorar a perspectiva econômica da principal potência do mundo, cenário negativo para a commodity energética, ressalta a casa. Ainda assim, o mercado de petróleo segue muito apertado e o barril do WTI deve voltar á casa dos US$ 100 em breve, prevê.
No noticiário do setor, a AIE revisou para baixo a suas projeções para a demanda global por petróleo em 2022, a 99,18 milhões de barris por dia (bpd), e 2023, a 101,32 milhões de bpd. A entidade avaliou que há sinais de arrefecimento da crise de oferta, mas ressaltou que os volumes de estoques estão "criticamente" baixos.
Nos EUA, houve aumento inesperado nos estoques de petróleo e gasolina da semana passada, enquanto os de produtos destilados subiram além do esperado.
A secretária americana do Tesouro, Janet Yellen, discutiu com o vice-primeiro-ministro da China, Liu He, a possibilidade de impor um teto sobre os preços de petróleo da Rússia, segundo informou a Dow Jones Newswires. "Eles ouviram e estavam preparados para ter mais discussões conosco sobre isso", disse Yellen, em entrevista.