Após a queda de mais de 8% na semana passada, os contratos futuros do petróleo subiram nesta segunda-feira. Além do ajuste, o avanço da commodity se apoiou no dólar enfraquecido ante rivais. Dado de reservas estratégicas do petróleo no menor nível nos Estados Unidos desde 1985 também esteve no radar.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI para setembro fechou em alta de 1,97% (US$ 1,75), a US$ 90,76. Enquanto o do Brent para o mês seguinte subiu 1,82% (US$ 1,73), a US$ 96,65, na Intercontinental Exchange (ICE).
O petróleo oscilou na sessão, mas conseguiu terminar o dia no positivo. À espera do dado de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, na quarta-feira, o dólar caiu ante pares, o que favorece a compra de commodities para detentores de outras moedas.
"O petróleo bruto lutou para se firmar da noite para o dia", diz o diretor da Mizuho (NYSE:MFG) Bob Yawger.
Para ele, especuladores estão "pulando na onda" de que os US$ 370 bilhões da ação climática, aprovada no Senado durante o fim de semana, irão ajudar a diminuir os estoques de petróleo, acrescentando que é "bastante irônico, considerando que a legislação é amplamente destinado a substituir os combustíveis fósseis".
Ainda, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) informou que a Reserva Estratégica de Petróleo nos EUA caiu em 5,3 milhões de barris na última semana, no nível mais baixo em 37 anos. Mantida em cavernas subterrâneas profundas nas costas do Texas e da Louisiana, a reserva já caiu mais de 130 milhões de barris desde que o governo do presidente Joe Biden iniciou as vendas.
Quanto às sanções ao petróleo russo, a Alemanha deve manter os impedimentos, apesar da crise de energia, de acordo com um porta-voz. A informação é da Reuters.
*Com informações da Dow Jones Newswires