O petróleo fechou o pregão desta terça-feira, 27, em alta, em um movimento de recuperação após uma forte queda na sessão anterior. A commodity energética foi impulsionada pela fraqueza do dólar, o que deixa os contratos mais baratos e atrativos para detentores de outras divisas, e pela perspectiva de redução da oferta com o avanço do furacão Zeta em direção ao Golfo do México.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do WTI com entrega prevista para dezembro avançou 2,62%, a US$ 39,57. Na Intercontinental Exchange (ICE), o contrato do Brent para janeiro, que agora é o mais líquido, subiu 1,96%, a US$ 41,61 o barril.
"Os preços do petróleo hoje, encontrando apoio de mercados de ações mais benignos, estão se recuperando um pouco após suas perdas pronunciadas ontem", afirma o chefe de Pesquisa em Commodities do Commerzbank, Eugen Weinberg.
A commodity encontrou apoio na fraqueza do dólar em relação às principais divisas e na possibilidade de o furacão Zeta atingir o Golfo do México e afetar a produção de petróleo na região.
O analista do banco alemão pondera, entretanto, que a situação no mercado de petróleo "continua confusa e ameaçadora". "Outras restrições ao transporte estão surgindo do lado da demanda já em apuros", diz Weinberg, fazendo referência às medidas adotadas pelos governos para conter novas ondas de covid-19.
O impasse fiscal nos Estados Unidos também permanece. Com o Senado em recesso, após a aprovação da juíza Amy Coney Barrett para a Suprema Corte ontem, as chances de um acordo por um pacote fiscal pré-eleição diminuíram. "Uma semana antes das eleições presidenciais e parlamentares, a maioria dos participantes do mercado está, de qualquer forma, se concentrando nos EUA", diz Weinberg.
Às 17h30 (de Brasília), o American Petroleum Institute (API) divulga as estimativas para os estoques de petróleo nos EUA na semana passada.