O petróleo fechou em alta na sessão desta segunda, 20, beneficiado pelo dólar enfraquecido no exterior e por algumas expectativas de que o Federal Reserve (Fed) mantenha suas taxas de juros na reunião desta quarta-feira, o que ofereceu fôlego para ativos de risco.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para maio fechou em alta de 1,33% (US$ 0,89), a US$ 67,82 o barril, enquanto o Brent para igual mês, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 1,12% (US$ 0,82), a US$ 73,79 o barril.
O petróleo abriu a sessão acentuando perdas de mais de 10% registradas na semana passada, ainda prejudicado pelas preocupações com o setor bancário após a compra do Credit Suisse (SIX:CSGN) pelo banco UBS no final de semana. Contudo, o óleo inverteu o sinal na reta final das negociações e encerrou com ganhos sólidos no ajuste de fechamento. Durante o dia, a commodity ganhou fôlego com o dólar enfraquecido e as expectativas de um Fed mais brando, na visão por exemplo do Goldman Sachs (NYSE:GS), diante das turbulências nos sistemas bancários dos EUA e da Europa.
Segundo a Oanda, a expectativa de pausa no ciclo monetário é importante para os investidores, porque uma recessão mais severa pode se tornar uma possibilidade caso o BC americano aumente os juros nesta quarta-feira ou sinalize que "a porta está aberta" para um aperto mais restritivo em reuniões futuras. Uma recessão severa poderia implicar menor demanda pelo óleo, pressionando a commodity. Além disso, a Oanda indica que os preços do Brent encontraram suporte no nível de US$ 70 o barril, apontando uma possível recuperação nos próximos dias.
A recuperação nos preços, porém, deve levar tempo e acontecer de forma gradual, avalia o Goldman Sachs. O banco rebaixou suas projeções para o Brent até 2024, de nível em US$ 100 o barril para US$ 94 nos próximos doze meses e para US$ 97 o barril no segundo semestre do próximo ano. Segundo o Goldman, deve haver crescimento acima do esperado nos estoques do óleo, com demanda pouco mais fraca do que o antes antecipado.
Ainda nesta sessão, a Reuters reportou a partir de duas autoridades da União Europeia, ouvidas sob condição de anonimato, que o G7 não deve revisar nesta semana o teto de preços para o petróleo russo.
*Com informações da Dow Jones Newswires