Os contratos futuros de petróleo chegaram a recuar em parte do dia, mas fecharam a quarta-feira, 21, com sinal positivo. Notícias do setor e avaliações sobre ele seguiam como foco, com reação discreta à publicação da ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) no período da tarde.
O contrato do WTI para abril registrou alta de 1,13% (US$ 0,87), a US$ 77,91 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês subiu 0,84% (US$ 0,69), a US$ 83,03 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
No início do dia, o petróleo estendia perdas do dia anterior, em quadro de certa cautela antes da ata do Fed. Continua a haver certa cautela com o quadro no Oriente Médio, mas sem reviravoltas. Ao longo da sessão, houve ganho de fôlego nos contratos, em meio a relatos ainda incertos sobre eventual acordo entre Israel e o Hamas.
Diretor de Recursos Naturais na América do Norte da Fitch, Lucas Aristizabal afirmou nesta quarta-feira, em evento virtual, que o conflito no Oriente Médio afetava mais a logística, não a produção de petróleo. Segundo ele, a agência mantém avaliação "neutra" sobre o mercado do óleo em 2024, em quadro "confortavelmente equilibrado".
O Bank of America (NYSE:BAC), por sua vez, também avalia o mercado e considera os preços "relativamente baratos", particularmente diante do nível atual dos estoques globais. O BofA diz que muitos fatores colaboram para estabilizar os preços do petróleo na sua faixa atual, de US$ 80 o barril para o Brent, e o banco também considera que pode redução na volatilidade.
Já a Eurasia, ao observar o quadro geopolítico, acredita que os EUA devem ampliar sanções contra a Rússia, por causa da morte do dissidente Alexei Navalny. A consultoria acredita, porém, que metais devem ser o alvo, sem medidas para conter de modo significativo as exportações do óleo do país.