Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira, 11. Além de ser beneficiado pela continuidade do arrefecimento do dólar após o índice de preços ao produtor (PPI) dos EUA vir abaixo do esperado, o óleo foi impulsionado pela divulgação dos relatórios da Agência Internacional de Energia (AIE) e Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep).
O petróleo WTI para setembro fechou com ganho de 2,62% (US$ 2,41), em US$ 94,34 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para outubro avançou 2,26% (US$ 2,20), a US$ 99,60 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Após operarem em baixa durante a madrugada, os contratos futuros do petróleo viraram para cima após a AIE elevar sua projeção de demanda global pela commodity neste ano. A agência também revisou para cima suas previsões para o consumo total. Por outro lado, a Opep cortou sua previsão de aumento na demanda global por petróleo em 2022 em 300 mil barris por dia (bpd), a 3,1 milhões de milhões de bpd, segundo relatório mensal publicado nesta quinta-feira. O cartel, porém, manteve sua previsão de aumento da oferta de petróleo de produtores fora do grupo em 2022.
De acordo com a Capital Economics, o relatório mensal da Opep de agosto mostrou que o grupo continua a produzir significativamente menos do que sua cota e que essa tendência deve continuar nos próximos meses. "A Opep está claramente preocupada com a demanda devido à desaceleração econômica", destaca, em relatório enviado a clientes.
Para o economista da Oanda, Edward Moya, os preços do petróleo estão subindo depois que os temores de destruição da demanda se tornaram exagerados. "A economia está em boa forma para que ocorra mais destruição da demanda de petróleo e isso deve manter os preços do petróleo bem acima do nível de US$ 90", analisa.