O petróleo fechou em alta nesta sexta-feira, 18, mas teve sua primeira baixa semanal depois de sete semanas seguidas de ganhos. As notícias de estímulo econômico na China deram fôlego para a commodity desde ontem, mas não foram suficientes para contornar o pessimismo diante da crise no setor imobiliário chinês e perspectivas de desaceleração da demanda da segunda maior economia do mundo.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para outubro fechou em alta de 0,95% (US$ 0,76) a US$ 80,66 o barril. O petróleo Brent para o mesmo vencimento, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 0,80% (US$ 0,68), a US$ 84,80 o barril. Em relação à sexta-feira passada, 11, os contratos mais líquidos do WTI e do Brent perderam 3,04% e 2,31%, respectivamente.
"Depois de uma recuperação de US$ 68 para US$ 84, o petróleo WTI parece prestes a se consolidar em torno da região de US$ 80, enquanto os traders lidam com um mercado apertado que enfrenta ventos contrários das duas maiores economias do mundo", escreveu o analista da Oanda Edward Moya. "Se as perspectivas econômicas globais se tornarem ainda mais pessimistas, o petróleo pode devolver boa parte do rali recente."
A Capital Economics destacou a "alta do dólar e os dados que mostraram que a economia da China sofreu em julho" como fatores que pressionaram os preços de commodities nesta semana, de maneira geral.
Ajudando as commodities ontem, o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) prometeu mais apoio à atividade econômica e interviu no câmbio, e a Comissão de Valores Mobiliários da China anunciou medidas para impulsionar a confiança de investidores nos mercados acionários e de renda fixa no país hoje. Mas, para a Navellier, a resposta chinesa até agora tem se mostrado insuficiente.
Ainda nesta sessão, o dólar arrefeceu ante pares, fazendo com que o petróleo ficasse mais baratos relativamente para os investidores que operam outras divisas. O mercado também acompanhou os dados da Baker Hughes, que mostraram recuo no número de poços e plataformas de petróleo em operação nos EUA - o que sugere aperto na oferta e tende a apoiar os preços. A notícia da Reuters de que a China reduziu o ritmo de compras de petróleo também esteve no radar.