Os contratos futuros mais líquidos do petróleo fecharam nesta quarta-feira, 11, no positivo, sendo a quinta alta seguida do WTI, reagindo a expectativas de uma demanda maior, principalmente a partir da reabertura da China. Além disso, em segundo plano, investidores monitoraram dados de estoques de óleo dos Estados Unidos, que vieram bem acima do esperado.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para fevereiro de 2023 fechou em alta de 3,05% (US$ 2,29), a US$ 77,41 o barril, enquanto o Brent para março, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 3,21% (US$ 2,57), a US$ 82,67 o barril.
O economista Edward Moya, da Oanda, alerta que os operadores de energia devem se acostumar com os preços de petróleo aumentando, visto que a demanda pela commodity está voltando, principalmente à medida que a China confirma uma reabertura de suas fronteiras, o que deve influenciar a oferta pelo óleo.
Moya destaca ainda que o petróleo WTI ignorou os resultados dos estoques de petróleo do Estados Unidos, publicados nesta quarta-feira pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) e que contrariou as expectativas de queda do mercado, aumentando quase 19 milhões de barris. "O petróleo está subindo e pode não demorar muito para impulsionar o WTI de volta acima do nível de US$ 80 por barril", destaca.
Já segundo análise da Capital Economics, os resultados do DoE indicam a maior alta de petróleo desde fevereiro de 2021. Ontem, a API também mostrou um salto de 14,9 milhões de barris no volume de petróleo bruto estocado nos EUA na última semana. Entretanto, investidores parecem não levar muito em conta nenhum dos levantamentos, com a ideia de que as altas ocorreram devido ao fechamento temporário de refinarias nos EUA devido a uma onda de frio no fim de 2022.
"Como a atividade de refino continua seu lento retorno após o problema climático do mês passado, além das importações mais fortes e as exportações mais fracas, os estoques dos EUA saltaram para impressionantes 19 milhões de barris - seu terceiro maior aumento semanal desde que os registros da EIA começaram, em 1982", destacou Matt Smith, da Kpler.
Ainda no radar de investidores, está a possibilidade de novas sanções contra a indústria petrolífera russa. Segundo fontes do The Wall Street Journal, os Estados Unidos e países aliados estão se preparando para uma nova rodada de sanções contra o país, o que poderá mexer novamente com a oferta do óleo.
*Com informações da Dow Jones Newswires