O petróleo fechou em leve alta nesta segunda-feira, 17, em uma sessão de liquidez reduzida com o feriado de Martin Luther King nos Estados Unidos. Investidores acompanham as consequências de restrições de oferta do óleo em alguns países, ao mesmo tempo em que o impacto da Ômicron na demanda se mostra moderado. Além disso, corte de juros na China também apoiam os preços.
O petróleo Brent para março subiu 0,49% (US$ 0,42), a US$ 86,48 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o pregão foi eletrônico por conta do feriado. O petróleo WTI com entrega prevista para fevereiro subia 0,57% (US$ 0,48), a US$ 84,30 o barril nesta tarde.
Para a Rystad Energy, os preços atuais do petróleo refletem um mercado apertado, pois as interrupções no fornecimento não estão sendo compensadas por efeitos negativos da Ômicron na demanda. "Apesar de algumas oscilações de ganhos para perdas, hoje o petróleo é apoiado pela decisão da China de cortar juros, já que a política monetária expansionista deve ser positiva para o PIB, o consumo de petróleo e as taxas de operação das refinarias", destaca.
A Rystad destaca que espera baixos suprimentos do Irã, pois as negociações nucleares permanecem em impasse, bem como em outros países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) ,como Iraque e Kuwait, devido a menores capacidades de produção.
De acordo com o Commerzbank, a produção de petróleo pela Líbia voltou a 1,2 milhão de barris por dia agora que o bloqueio dos campos petrolíferos acabou e os terminais no leste do país foram reabertos.
"Chama a atenção que o preço do petróleo não tenha respondido negativamente à normalização da produção. Claramente, os participantes do mercado estão prestando apenas atenção a certas notícias de suporte de preço no momento. Isso também está de acordo com as observações feitas pela Vitol, a maior comerciante de petróleo do mundo, de que os preços podem aumentar ainda mais devido à oferta restrita", disse em relatório enviado a clientes.