Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta terça-feira, 13, pressionados pela firme valorização do petróleo, após inflação ao consumidor (CPI) nos EUA mais forte que o esperado. Investidores repercutiram ainda a avaliação da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de que a recente queda da commodity não foi justificável.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega para outubro encerrou a sessão em baixa de 0,53% (-US$ 0,47), a US$ 87,31, e o do Brent para novembro perdeu 0,88% (-US$ 0,83) na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 93,17.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA subiu 0,1% em agosto ante julho, enquanto o núcleo avançou 0,6%, de acordo com dados do Departamento do Trabalho Americano. Analistas consultados pelo Projeções Broadcast previam queda de 0,1% para o dado cheio e avanço de 0,3% para o núcleo.
Os dados levaram o mercado financeiro a precificar um aperto monetário mais agressivo nos EUA. Plataforma do CME Group chegou a indicar cerca de 20% de chance de o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) subir juros em 100 pontos-base na semana que vem. Antes do indicador, a ferramenta não mostrava probabilidade de elevação de um ponto porcentual.
"A inflação está se mostrando muito mais preocupante e isso está aumentando o risco de o Fed empurrar a economia dos EUA para uma recessão", avalia o analista Edward Moya, da Oanda.
Em relatório mensal, a Opep manteve as previsões para o crescimento da demanda global por petróleo este ano em 2022, em 3,1 milhões de barris por dia (bpd). Para 2023, o cartel também reiterou sua projeção de alta no consumo mundial, em 2,7 milhões de bpd.
No documento, a Organização afirmou que o mercado está em um "estado de esquizofrenia", com queda recente apesar de sinais de melhora da demanda.