Petróleo fecha em queda, com impacto da pandemia sobre a perspectiva de demanda

Publicado 25.03.2021, 13:43
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Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte baixa, após uma alta de cerca de 6% ontem, com cautela no mercado por preocupações com o recrudescimento da pandemia de covid-19, especialmente na Europa. A valorização do dólar perante os pares também pressiona os preços do barril. O bloqueio do Canal de Suez, grande responsável pela forte alta ocorrida ontem, segue sendo monitorada, com a avaliação de analistas de que a situação tende a se normalizar na próxima semana.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para maio encerrou a sessão com perdas de 4,28% (-US$ 2,62), a US$ 58,56. Já o barril do petróleo Brent para junho recuou 3,82% hoje (-US$ 2,45), a US$ 61,80, na Intercontinental Exchange (ICE).

Em relatório enviado a clientes, o Commerzbank observa que especialistas em operações de resgate estimam que pode demorar até segunda-feira para que o navio que bloqueia o Canal de Suez possa ser movido, com o aumento do nível da água. Segundo a empresa analítica Vortexa, dez navios petroleiros com 13 milhões de barris de óleo a bordo estão atualmente presos no Canal, o que equivale aproximadamente à quantidade produzida em um dia pela Arábia Saudita ou o Iraque.

"A situação deve voltar ao normal no início da próxima semana, assim que o porta-contêineres for liberado, mudando o foco de volta para os riscos de demanda, o que explica a queda de preços de hoje", aponta o banco alemão. Desta forma, as preocupações com a covid-19, especialmente na Europa, com aumento de casos, restrições e uma vacinação lenta, pressionam os preços do barril. Outro elemento que a cautela nos mercados gerou foi o fortalecimento do dólar, o que torna o petróleo mais caro para detentores de outras divisas.

Ainda assim, vislumbrando os próximos meses, a expectativa de analistas é de que a retomada na demanda impulsione os preços. O Julius Baer acredita que na metade do ano, o preço do barril pode estar além dos US$ 70. Na visão do banco, a questão de Suez causa "barulho" no curto prazo "mais do que altera os fundamentos". "Estímulos e vacinação" impulsionarão a demanda, avalia, assim como os produtores devem cortar a oferta de acordo com suas necessidades.

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