Investing.com - Os preços do petróleo lutaram para definir uma direção nas negociações europeias nesta quinta-feira, em meio a dúvidas sobre a possibilidade de um acordo entre os produtores da Rússia e da OPEP para reduzir a produção a qualquer momento.
O petróleo subiu na quarta-feira, uma vez que altos funcionários da OPEP e da indústria petrolífera russa intensificaram a conversa vaga sobre uma possível ação conjunta para reduzir a produção e suavizar um excesso de oferta global.
Na ICE Futures Exchange de Londres, o petróleo Brent com vencimento em abril subiu 15 centavos, ou 0,44%, sendo negociado a US$ 34,08 por barril, às 09h05min. GMT, ou 04h05min. ET.
Na véspera, os preços do Brent subiram US$ 1,36, ou 4,18%, após a Rússia ter dito que está discutindo a possibilidade de cooperação com a OPEP para enfrentar um dos maiores excessos de oferta em décadas.
Os futuros despencaram para US$ 27,10 no dia 20 de janeiro, um nível não visto desde outubro de 2003, uma vez que as atuais preocupações com a perspectiva econômica mundial somaram-se à visão de que um excesso na oferta pode durar mais tempo do que o previsto.
A produção mundial de petróleo está superando a demanda após um crescimento na produção de óleo de xisto nos EUA e após a decisão tomada no ano passado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) de não reduzir a produção, a fim de defender a sua quota de mercado.
O problema de excesso de oferta será agravado ainda mais porque o Irã retorna ao mercado mundial de petróleo após as sanções impostas pelo Ocidente terem sido suspensas no início do mês.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleocom vencimento em março subiu 9 centavos, ou 0,24%, e foi negociado a US$ 32,39 por barril.
Na quarta-feira, os preços da Nymex saltaram 85 centavos, ou 2,7%, após dados semanais sobre as reservas divulgados pela Energy Information Administration dos EUA terem mostrado um aumento na demanda de curto prazo.
Os futuros de petróleo dos EUA ficaram na semana passada abaixo de US$ 27 por barril, uma baixa não vista desde setembro de 2003, uma vez que as preocupações constantes com o excesso de oferta e desaceleração da demanda mundial derrubaram os preços.