Investing.com - Esforços de importantes produtores globais de petróleo para cortar a produção e reduzir um excesso global de oferta frente ao aumento constante da produção norte-americana continuarão a ser os principais mobilizadores dos ânimos no mercado de petróleo na próxima semana.
Investidores de petróleo aguardam novos dados semanais sobre os estoques comerciais de petróleo bruto dos EUA para avaliar a força da demanda do maior consumidor de petróleo do mundo e a rapidez com que os níveis de produção do país irão continuar a subir.
Agentes do mercado também estarão muito atentos a quaisquer comentários de produtores globais de petróleo na busca de mais indicações se planejam estender para o ano que vem seu atual acordo de cortes na produção.
A cotação do petróleo encerrou a quinta-feira em alta, já que investidores comemoravam dados que mostravam a primeira redução no número de sondas ativas nos EUA em três semanas.
Não houve negociações na sexta-feira, já que os mercados de petróleo permaneceram fechados devido ao feriado de Páscoa.
Contratos Futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI), negociados em Nova York, avançaram US$ 0,56, ou cerca de 0,9% e eram negociados a US$ 64,94 o barril no fechamento do pregão de quinta-feira.
A referência norte-americana recuou 1,4% na semana, mas encerrou o mês em alta de 5,3%. No trimestre e no ano de 2018, o contrato teve alta em torno de 7,5%.
Além disso, contratos futuros petróleo Brent, negociados em Londres e referência para preços do petróleo fora dos EUA, avançaram US$ 0,58, ou cerca de 0,8%, para US$ 69,34 o barril.
A referência global encerrou a semana com queda de 0,3%, mas ainda registrou ganhos de 6,8% no mês e de 5,1% no trimestre.
Os ânimos melhoraram após a Baker Hughes, empresa prestadora de serviços de energia da General Electric (NYSE:GE), ter divulgado na quinta-feira que o número de sondas ativas de exploração de petróleo teve redução de seis e totalizou 798 na semana passada.
Isso ajudou a sustentar os preços do petróleo em meio a informações positivas surgidas na quarta-feira, que sugeriam que a Op e a Rússia estariam trabalhando em um pacto de longo prazo para estabilizar os preços do petróleo.
Em novembro do ano passado, a OPEP e outros produtores, incluindo a Rússia, concordaram em cortar cerca de 1,8 milhão de barris por dia da produção de petróleo para reduzir os estoques globais para a média de cinco anos. O acordo tem validade até o final de 2018.
No entanto, estes esforços foram de alguma forma sufocados pelo crescimento da produção fora da Opep, liderada por produtores de shale oil nos EUA.
A produção norte-americana de petróleo chegou à máxima histórica de 10,43 milhões de barris por dia na semana passada, ficando acima dos níveis de produção da Arábia Saudita, principal exportador do mundo, e aproximando-se dos níveis da Rússia, maior produtor de petróleo do mundo.
Antes da semana que está por vir, a Investing.com compilou uma lista com estes e outros eventos significativos que podem afetar o mercado de petróleo.
Segunda-feira
A China deverá divulgar dados sobre índice Caixin da atividade industrial.
A maioria dos mercados na Europa estarão fechados devido ao feriado de Páscoa.
Nos EUA, o Instituto de Gestão de Suprimentos (ISM, na sigla em inglês) deverá divulgar seu índice da atividade industrial.
Terça-feira
O Instituto Americano de Petróleo, grupo do setor petrolífero, deverá publicar seu relatório semanal sobre a oferta de petróleo nos EUA.
Quarta-feira
A zona do euro irá divulgar dados preliminares da inflação.
Os EUA deverão divulgar o relatório de folhas de pagamento não agrícolas da ADP e, ainda neste dia, o ISM deverá apresentar seu índice da atividade não industrial.
Além disso, a Administração de Informações de Energia dos EUA deve divulgar seus dados semanais sobre estoques de petróleo e de gasolina
Quinta-feira
O governo norte-americano irá divulgar relatório semanal da oferta de gás natural em estoque.
Sexta-feira
Os EUA deverão fechar a semana com o relatório de folhas de pagamento não agrícolas referente a março.
Ainda neste dia, a Baker Hughes divulgará seus dados semanais sobre a contagem de sondas nos EUA.