Investing.com - Preços do petróleo subiram na sexta-feira, levando a referência norte-americana ao seu fechamento mais alto em quase oito meses e levando a referência global de petróleo acima dos US$ 60 o barril pela primeira vez em mais de dois anos em meio a expectativas de que importantes produtores globais ampliarão o pacto para reduzir a produção além de sua data atual de vencimento no próximo mês de março.
As nuvens de dúvidas foram dissipadas antes da próxima reunião de política monetária da Opep pela Arábia Saudita e pela Rússia, que declararam seu apoio à extensão do acordo global para reduzir a oferta de petróleo por mais nove meses, afirmou o secretário-geral da Opep na sexta-feira.
Mohammad bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita, afirmou, no início da semana, ser favorável à extensão dos termos do acordo por nove meses, acompanhando comentários similares feitos por Vladimir Putin, presidente da Rússia, no início de outubro.
Sob os termos originais do acordo, a Opep e 10 países externos organização liderados pela Rússia concordaram em reduzir a produção em 1,8 milhão de barris por dia durante seis meses. O acordo foi estendido em maio desse ano por um período de nove meses até março de 2018 em uma aposta de reduzir os estoques mundiais e dar sustentação aos preços do petróleo.
As discussões continuam no período que antecede a reunião de 30 de novembro, na qual ministros de petróleo da Opep e de países externos à organização que fazem parte do pacto participarão.
Contratos Futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI), dos EUA, avançavam US$ 1,26, ou cerca de 2,4% e eram negociados a US$ 53,90 o barril no fechamento do pregão. Mais cedo durante a sessão, chegaram a US$ 54,20, seu melhor nível desde 1º de março.
Os preços do WTI subiram em torno de US$ 2,06, ou cerca de 4,7%, em sua terceira semana consecutiva de ganhos.
Além disso, o petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, avançou US$ 1,14, ou cerca de 1,9%, para US$ 60,44 o barril. Chegou ao pico intradiário de US$ 60,65, nível não visto desde julho de 2015.
A referência global encerrou a semana em alta de aproximadamente 4,7%.
O aumento na produção de petróleo dos EUA continua a ser um problema para a Opep uma vez que a organização luta para eliminar a sobreoferta global.
A Baker Hughes, empresa prestadora de serviços a campos petrolíferos, afirmou na última sexta-feira que sua contagem semanal de sondas de petróleo ativas nos EUA teve acréscimo de uma e totalizou 737, quebrando uma sequência de três semanas seguidas de diminuição.
A contagem semanal de sondas é um barômetro importante para a indústria de extração de petróleo e serve como uma referência para a produção de petróleo.
Em outras negociações do setor de energia na última sexta-feira, contratos futuros de gasolina avançaram US$ 0,018, ou 1%, e encerram cotados a US$ 1,768. Na semana, fecharam em alta de cerca de 5,4%.
O óleo de aquecimento subiu US$ 0,025, ou 1,4%, para US$ 1,866 o galão, encerrando a semana em alta de cerca de 3,5%
Contratos futuros de gás natural recuaram US$ 0,087, ou 2,9%, e fecharam cotados a US$ 2,964 por milhão de unidades térmicas britânicas. Caíram 5,6% na semana.
Na semana a seguir, participantes do mercado prestarão atenção nas mais recentes informações semanais sobre os estoques norte-americanos de petróleo bruto e produtos refinados na terça e na quarta-feira para avaliar a força da demanda do maior consumidor de petróleo do mundo.
Antes da semana que está por vir, a Investing.com compilou uma lista com estes e outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Terça-feira, 31 de outubro
O Instituto Americano de Petróleo, grupo do setor petrolífero, deve publicar seu relatório semanal sobre a oferta de petróleo nos EUA.
Quarta-feira, 1º de novembro
A Administração de Informações de Energia dos EUA deve divulgar seus dados semanais sobre estoques de petróleo e de gasolina
Quinta-feira, 2 de novembro
O governo norte-americano deve divulgar relatório semanal da oferta de gás natural em estoque.
Sexta-feira, 3 de novembro
A Baker Hughes divulgará seus dados semanais sobre a contagem de sondas de petróleo nos EUA.