Investing.com - O petróleo não sustentou as máximas do intraday, mas fechou em alta na sessão desta quinta-feira (29/6), com investidores animados com a queda na produção dos EUA e uma inesperada redução nos estoques de gasolina, divulgados ontem.
Em Nova York, o contrato futuro para entrega em junho subiu US$ 0,19 para fechar a US$ 44,93 o barril, enquanto, em Londres, o Brent terminou estável em US$ 47,47 o barril.
Ontem, agência de energia dos EUA (EIA) mostrou que a produção doméstica total de petróleo bruto teve redução de 100 mil barris por dia, totalizando 9,25 milhões de barris por dia na semana encerrada em 23 de junho. Foi a maior redução semanal desde julho de 2016.
A agência também informou uma retomada na demanda por derivados com queda de 578 mil barris nos estoques de gasolina, contrariando as previsões de alta de 443 mil barris.
Alguns analistas têm alertado que o movimento de recuperação deve ser curto e nova pressão de venda deverá ser vista no curto prazo, após o petróleo cair em território bearish na semana passada.
“O petróleo está numa tendência de baixa com risco de chegar nos US$ 30”, disse Paul China, estrategista técnico do Merrill Lynch em nota na semana passada.
Os investidores deverão observar de perto o relatório de atividade de exploração que será divulgado nesta sexta-feira pela prestadora de serviços Baker Hughes. Neste ano, somente na segunda semana houve redução no número de sondas em atividade, o que sugere um mercado aquecido e mais produção no médio prazo.
A expectativa de maior produção dos EUA ofusca os esforços da Opep e de grandes produtores de reduzir a sobreoferta com a prorrogação do corte de 1,8 milhão de barris/dia até março de 2018.