Investing.com - Os preços do petróleo registraram leve alta nesta terça, após sofrerem a pior desvalorização diária das últimas seis semanas na sessão anterior, em meio a dúvidas quanto à implementação do acordo de corte de produção firmado pelos maiores produtores do mundo que visa a reduzir a oferta global.
O barril de Brent para entrega em março na ICE Futures Exchange, de Londres, avançou US$ 0,20, ou 0,4%, a US$ 55,14 o barril, às 07h25 (horário de Brasília), após desvalorizar-se em US$ 2,16, ou quase 4%, na segunda-feira.
O petróleo bruto para entrega em fevereiro, na Bolsa de Valores de Nova Iorque, avançou US$ 0,21, ou 0.4%, a US$ 52,17 o barril. Os preços do petróleo bruto americano despencaram US$ 2,03, ou 3,8%, na sessão anterior.
O dia 1º de janeiro marca oficialmente o início do acordo de corte de produção firmado em novembro por países membros e não membros da Opep, visando a reduzir a produção em 1,8 milhão de barris por dia.
O acordo, se executado conforme o plano, deve reduzir a oferta global em cerca de 2%.
Contudo, alguns investidores ainda adotam cautela quanto à expectativa geral do mercado para com a eficácia dos cortes planejados.
O mercado ainda tem receios em virtude do aumento da oferta pelo Irã e pelo Iraque. E também da aceleração da produção na Líbia e na Nigéria, países que têm permissão para tal, conforme o acordo da Opep.
O aumento da produção nos EUA também ficou em foco. De acordo com a Baker Hughes, provedora de serviços para a área do petróleo, o número de plataformas de petróleo ativas nos EUA na semana passada subiu para 529, apresentando aumento de 4, a décima elevação semanal seguida, atingindo nível inédito em mais de um ano.
Alguns analistas reiteraram que o recente rali nos preços pode "sair pela culatra", já que incentiva os produtores de shale dos EUA a elevarem a produção, gerando novamente preocupações com um excesso de oferta.
Na Nymex, os contratos futuros a gasolina com vencimento em fevereiro avançaram US$ 0,009, ou 0,6%, a US$ 1,577 por galão, enquanto que o óleo de aquecimento para entrega no mesmo mês registrou alta de US$ 0,005, ou 0,3%, cotado a US$ 1,642 por galão.
O gás natural futuro para entrega em fevereiro registrou alta de US$ 0,052, ou 1,7%, a US$ 3,155 por milhão de BTU, após cair 5% e atingir a mínima de sete semanas nesta segunda, devido às previsões de um clima mais ameno para janeiro, que substituíram as previsões anteriores que afirmavam que o frio seria severo este mês.