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Petróleo sobe 6% com volta dos touros à cena, após dados benignos da inflação

Publicado 11.05.2022, 14:48
Atualizado 11.05.2022, 17:39
© Reuters.

Por Barani Krishnan

Investing.com--- Os preços do petróleo saltaram quase 6% na quarta-feira, subindo pela primeira vez em quatro pregões e cortando em dois terços as perdas na semana, após dados benignos da inflação sugerirem que talvez o Federal Reserve não exagere no curto prazo com aumentos de juros que poderiam lançar a economia dos EUA para uma recessão.

Os dados mostrando os estoques semanais de petróleo bruto dos EUA sete vezes acima do esperado, em seu mais elevado nível em quatro semanas, também pouco fizeram para dissuadir touros do petróleo de realizarem um retorno contundente ao mercado. 

Em vez disso, o foco foi nas retiradas desproporcionais de gasolina da semana passada, bem como dos destilados usados para a produção do diesel necessário para caminhões, ônibus, trens e navios, além de combustível de aviação.

O petróleo WTI, negociado em Nova York e referência do petróleo nos EUA, apresentava alta de US$ 5,83, ou 5,83%, a US$ 105,58 às 17h50h. 

O WTI recuou quase 9% no início desta semana, atingindo US$ 98,65, seu menor valor em duas semanas, com preocupações de que os Estados Unidos possam entrar em recessão devido aos aumentos de juros agressivos por parte de uma Fed determinado a vencer a inflação, que avança ao seu ritmo mais rápido em 40 anos.

O Brent, cotado em Londres e referência mundial de preço, registrava alta de US$ 4,98, ou 4,89%, a US$ 107,48 por barril. 

Tal como o WTI, o Brent também tinha caído 9% na semana antes da recuperação de quarta-feira, atingindo a mínima em duas semanas de US$ 101,31.

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"A volatilidade do petróleo bruto é assombrosa, já que o mercado está sendo puxado nas duas direções; um lado pelos medos de uma recessão nos EUA, e o outro lado pela exuberância na demanda implícita de combustíveis às vésperas do verão [do hemisfério norte]", disse John Kilduff, sócio do fundo de hedge de energia Again Capital, de Nova York.

Os preços ao consumidor nos EUA cresceram 8,3% no ano para abril, recuando ligeiramente em relação ao crescimento anualizado de 8,5% em março, embora mantendo a inflação não muito longe das máximas de quatro décadas, disse o Departamento do Trabalho na quarta-feira.

"Estamos no processo de rolagem de uma inflação extremamente alta no ano a ano, mas o formato dessa curva está em questão", disse o economista Adam Button, num post na plataforma ForexLive. "Será um rápido retorno à inflação de 2%, ou um processo longo e vagaroso?" 

O prospecto de retorno à inflação de 2% é um dos focos principais do Fed. O banco central programou sete aumentos dos juros para este ano – o maior número possível, tendo em vista seu calendário de reuniões mensais em 2022 – além de mais revisões das taxas no próximo ano a fim de atingir os 2%.

Algo que causa mais perplexidade entre os investidores é a quantidade dos aumentos de juros planejados pelo Fed para cada mês. Nesse momento, os dirigentes do banco central estão debatendo a viabilidade de uma escalada de 75 pontos base em junho, após o aumento de 50 pbs em maio e 25 pbs em março. Uma elevação de 75 pbs representaria o maior aumento nas taxas desde 1994.

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Além da leitura positiva dos preços ao consumidor de abril, os preços do petróleo também foram impulsionados pelos dados semanais do inventário de petróleo divulgados pela Energy Information Administration (EIA).

O governo Biden retirou um recorde de 7 milhões de barris de petróleo bruto da Reserva Estratégica do Petróleo (REP) dos EUA na semana passada, enquanto sustenta suas implacáveis retiradas da reserva de petróleo do país numa tentativa de atender o déficit fornecimento e fazer baixar as máximas históricas nos preços dos combustíveis.

O inventário da REP para a semana finda em 6 de maio ficou em 543 milhões de barris, em relação aos 550 milhões anteriores, que já eram o nível de reserva mais baixo em 20 anos, afirmou a EIA no seu Relatório Semanal sobre o Status do Petróleo. 

O relatório da EIA, divulgado todas as quartas-feiras, mostrou que o governo Biden retirou, em média, 3 milhões de barris da REP todas as semanas dos últimos dois meses, a fim de ajudar a satisfazer a demanda por petróleo bruto das empresas de refino norte-americanas. 

Estima-se que o abastecimento global de petróleo apresente um déficit de cinco a sete milhões de barris por dia na comparação com a demanda, em grande parte devido às sanções do Ocidente contra a Rússia - um dos maiores exportadores de energia do mundo. Um excesso no consumo de combustíveis em meio à forte recuperação econômica após dois anos de pandemia do coronavírus também deixou o mercado em déficit.

O governo Biden fez a sua primeira retirada importante da REP em novembro, quando os fornecimentos de petróleo começaram a apresentar limitações com o aumento da demanda. 

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No entanto, a retirada da REP da semana passada foi mais que o dobro da tendência semanal, uma vez que o governo entrou numa era de dependência acelerada das reservas -- quando os preços médios da gasolina na bomba estão na máxima histórica de US$ 4,37 por galão, em oposição à média de US$ 2,99 do ano passado.

Entre maio e julho, o governo programou a liberação de 180 milhões de barris da REP – na prática, um milhão de barris por dia durante 180 dias.

O relatório da EIA mostrou que, enquanto o inventário da REP caiu 7 milhões de barris na semana passada, o nível do inventário de petróleo comercial aumentou 8,5 milhões de barris. Para o observador casual, isso pode sugerir que o petróleo que sai da reserva entrou diretamente nos estoques comerciais. No entanto, a EIA afirma que há uma desfasagem de uma semana na contabilização entre as duas. 

Apesar da retirada de petróleo bruto, o consumo de combustíveis permaneceu forte na semana passada, com os inventários de gasolina registrando um recuo de 3,61 milhões de barris em comparação com um consumo previsto de 1,6 milhões de barris, e a utilização da semana anterior de 2,23 milhões de barris. A gasolina é o principal combustível de automóveis dos EUA.

Os estoques de destilados diminuíram 913,000 barris na semana passada em comparação com as previsões de um consumo de 1 milhão de barris, após o consumo de 2,34 milhões de barris da semana anterior. 

Os destilados foram o componente de crescimento mais forte do complexo petrolífero dos EUA durante meses, vendo quedas de inventário praticamente ininterruptas desde o início de janeiro. Como resultado, os preços do diesel nas bombas também atingiram valores recorde, com uma média de US$ 5,55 por galão em contraste com a média de US$ 3,13 do ano passado.

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"o governo Biden está determinado a utilizar a REP ao máximo para superar a inflação dos combustíveis. A realidade é que não estamos vendo muita redução no que os norte-americanos estão pagando na bomba", disse Kilduff, da Again Capital.

Apesar da queda no petróleo em relação às máximas registradas em março, de US$ 130, o preço de venda da gasolina no varejo permaneceu obstinadamente acima dos US$ 4 por galão nos últimos dois meses, levando o Presidente Joe Biden a acusar as empresas de energia de acerto de preços na bomba.

Últimos comentários

Parabéns governadores *** A culpa é do maldito ICMS *** 🤣🤣
Parabéns Bozo por deixar o Real desvalorizar 40%. Uma das piores moedas do mundo. 40% a mais de aumento para nós, mas a culpa é da GROBO e da ROITIS
Vive de passado.
Parabéns Putin!
parabéns, Joe biden
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