Investing.com - A cotação do petróleo subiu nas primeiras horas de negociação desta quinta-feira nos EUA e se recupera das perdas de ontem, com os investidores buscando ativos de maior risco apesar de novo salto nos estoques dos EUA.
O petróleo para entrega em março negociado em Nova York subiu US$ 1,03, ou cerca de 2%, para US$ 53,79/barril às 12h, após cair US$ 0,43, ou 0,8%, ontem.
Em Londres, o Brent para março avançou US$ 1,22, ou 2,2%, para US$ 56,30/barril. O benchmark internacional cedeu US$ 0,36 ontem, ou 0,7%.
Os investidores ignoraram os receios sobre o aumento nos estoques dos EUA. A agência de energia do país disse ontem que os estoques subiram 2,9 milhões de barris na semana passada, somando 488,3 milhões de barris.
Os futuros de petróleo têm flutuado em uma faixa estreita entre US$ 50-US$ 55 em meio aos sentimentos mistas sobre uma recuperação na produção do shale norte-americano e as esperanças que a sobreoferta pode ser cortada com o acordo de redução na oferta dos países da Opep e demais grandes produtores.
A atividade de perfuração nos EUA subiu mais de 6% desde meados de 2016, retornando ao nível do final de 2014, elevando as preocupações de que uma recuperação do shale dos EUA pode atrapalhar os esforços dos demais grandes produtores de equilibrar a relação entre oferta e demanda globais.
Os países da Opep e outros produtores mostraram um forte compromisso já no começo do primeiro acordo de corte na produção em uma década, segundo comentário de ministros de energia no final de semana.
Os ministros disseram que 1,5 milhão de barris/dia do objetivo de corte de cerca de 1,8 milhão de barris/dia já tinha sido retirado do mercado.
O primeiro dia do ano marcou o início do acordo fechado em novembro de 2016 para reduzir a oferta mundial para 32,5 milhão de barris nos próximos seis meses. Se concretizado, o corte de 1,8 milhões de barris/dia representa uma redução de 2% na produção mundial.