Investing.com - O petróleo voltou a operar em alta nesta terça-feira e dá sequência ao seu mais longo rali de ganhos em cinco anos com os sinais de enfraquecimento da produção dos EUA, em dia de pouco volume com o feriado no país.
O WTI era negociado com ganhos de US$ 0,10, ou 0,2%, aos US$ 47,16 o barril, enquanto o Brent era vendido a US$ 49,73, ganhos de US$ 0,05, ou 0,1%, às 12h25.
O petróleo engata seu nono pregão seguido de ganhos embalado pelos sinais de que a produção dos EUA pode estar chegando ao seu limite para os atuais níveis de preços da commodity.
Na semana passada, dois dados fortaleceram essa visão. Na quarta-feira, a agência de energia dos EUA mostrou que a produção recuou na semana anterior em 100 mil barris/dia. Na sequência, na sexta-feira, a Baker Hughes mostrou a primeira queda semanal no número de sondas contratadas no país desde janeiro. Foram duas unidades a menos, somando 756.
O dado de sondas é acompanhado de perto por investidores e indica que as empresas no shale estão no limite de seus custos e pararam de contratar mais unidades para exploração.
Se confirmada a nova tendência de queda nas atividades de exploração, isso poderá colocar um ‘piso’ nas cotações do petróleo, pois assim que a commodity atinge o patamar perto dos US$ 40-US$ 45 um corte na oferta dos EUA regularia o mercado.
A produção dos EUA, contudo, ainda deverá seguir em alta refletindo o aumento das atividades de exploração do último ano, que terá impacto ainda nos próximos meses.
Na última semana, a extração do país mostrou retração, o que pode ser visto como um ponto isolado, visto que a tendência deverá seguir de alta.
Os EUA – junto com Nigéria e Líbia – têm sido os principais produtores que adicionaram petróleo no mercado global já superofertado, ofuscando os planos da Opep e grandes produtores de equilibrar a oferta e a demanda.
No fim de maio, a Opep decidiu estender até março de 2018 seu plano de retirar 1,8 milhão de barris/dia, em vigor desde novembro do ano passado.
Mais cedo, o ministro russo de energia, Alexandre Novak, disse acreditar que os preços do petróleo subirão no segundo semestre, puxados pela maior demanda. Novak não descartou se reunião com o ministro saudita Khalid al-Falih para discutir novas medidas. Em maio, a Rússia propôs aprofundar o corte durante as discussões sobre a extensão do acordo.