Investing.com - Os preços do petróleo avançaram menos nesta quinta-feira, com um relatório da Administração de Informações Energéticas mostrando um inesperado crescimento dos estoques de gasolina e destilados que acabou compensando a diminuição maior do que a esperada dos estoques de petróleo bruto americano.
O petróleo bruto americano avançou US$ 0,10, ou 0,8%, sendo negociado a US$ 53,36 o barril, às 14h05, no horário de Brasília, depois de marcar US$ 53,89 antes do relatório.
O Brent, que é referência mundial, futuro marcou US$ 56,58 o barril, um avanço de US$ 0,13, ou 0,23%. A commodity marcava US$ 57,09 antes da divulgação dos dados.
Os estoques de petróleo bruto diminuíram em 7,05 milhões de barris na semana que terminou no dia 30 de dezembro, de acordo com a EIA.
Tal valor mostrou-se discrepante em relação às previsões de diminuição dos estoques em 2,15 milhões de barris, após o acúmulo de 0,61 milhão de barris na semana anterior.
Mas os estoques de gasolina e outros destilados registraram aumento considerável, acrescentando 8,3 milhões de barris para a gasolina e 10,05 milhões de barris para os destilados.
Houve um aumento de 1,07 milhão de barris de petróleo bruto americano no centro de distribuição de Cushing, Oklahoma, afirmou a EIA.
A informação veio após um outro relatório, do Instituto de Petróleo Americano, mostrar que os estoques de petróleo bruto dos EUA recuaram em 7,4 milhões de barris na semana passada, registrando um estoque total de 482,7 milhões de barris.
Os analistas esperavam uma redução de apenas 2,2 milhões de barris.
Enquanto isso, os investidores continuaram a avaliar o acordo de corte planejado pelos grandes produtores, que passou a vigorar no dia 1º de janeiro, e visa a diminuir o excesso de oferta no mercado global e restaurar o equilíbrio dos mercados.
Os preços do petróleo aumentaram após a Reuters afirmar que a Arábia Saudita começou a planejar a redução das exportações de petróleo bruto para cumprir com o acordo firmado pela Opep para diminuir a oferta.
Os preços do petróleo também foram impulsionados pelo enfraquecimento do dólar. O petróleo é precificado em dólar e torna-se mais atrativo a potenciais compradores em outras moedas quando o dólar cai, o que sustenta a demanda.