Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira oito pessoas em uma operação para desarticular uma quadrilha especializada em contrabando de ouro e urânio.
De acordo com a PF, o grupo falsificava documentos para lavar os minerais extraído ilegalmente e revender no Brasil e para a Europa. Parte dos minérios viria da Guiana Francesa e da Venezuela, entrando ilegalmente no Brasil para depois ser comercializado.
"A investigação identificou que, em apenas um dos negócios realizados pela organização, o valor ultrapassaria a casa dos 115 milhões de reais. Restou demonstrado ainda que a organização criminosa também realizava a comercialização de urânio com compradores oriundos de países da Europa", informou a PF.
Além das oito prisões preventivas, os policiais fizeram 11 operações de busca e apreensão nos Estados do Amapá, São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Rio Grande do Norte e Tocantins.
DROGAS
Em outra operação, a PF prendeu 17 pessoas e cumpriu 86 mandados de busca e apreensão para desarticular quadrilhas especializadas no tráfico de drogas para a Europa a partir do porto de Paranaguá, no Paraná.
Também foi decretada a apreensão de bens e bloqueio de contas bancárias de pessoas acusadas de envolvimento que chegam a 55 milhões de reais.
Segundo a PF, a investigação, que vem sendo feita desde 2019 e já teve outras operações, apurou que esses grupos teriam "vínculo direto com a máfia italiana, especificamente com uma organização mafiosa constituída na região da Calábria."
A máfia italiana contrataria a logística executada pelos investigados em Paranaguá para enviar carregamentos de cocaína até os portos da Europa, em especial o que fica na própria região italiana no qual eles controlam as ações.