Por Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) - O plantio de soja da safra 2023/24 do Rio Grande do Sul, um dos maiores produtores do Brasil, avançou para 90% da área projetada nesta semana, tirando parte do atraso vivenciado na maior parte do início da temporada, quando o Estado sofreu com chuvas excessivas, afirmou a Emater em boletim nesta quinta-feira.
Na mesma época do ano passado, o plantio estava em 89% da área, enquanto a média história para o período é de 93%.
"As condições ambientais propiciaram avanço significativo da semeadura em grande parte do Estado, apesar de algumas restrições mais acentuadas na região sul, devido ao volume mais elevado de precipitações", disse a Emater, empresa de assistência técnica ligada ao governo.
A área semeada recuperou "parcialmente o atraso, causado pelas condições adversas de excesso de chuvas e elevada umidade do solo, que impediram a correta deposição de sementes e a ampliação dos cultivos."
Segundo a Emater, o desenvolvimento da cultura agora "é satisfatório, especialmente nas lavouras semeadas a partir de 15/11, nas quais as plantas apresentam crescimento vigoroso e estrutura mais robusta".
As lavouras semeadas no início do período do Zoneamento Agrícola, entre 20/10 e 10/11, "recuperaram-se bem, e houve emissão de folhas novas bem desenvolvidas".
A safra de soja do Rio Grande do Sul em 2023/24 deve saltar 73% ante o ciclo anterior, quando a seca afetou as produtividades das lavouras gaúchas, segundo previsão inicial da Emater.
A produção do Estado poderia atingir 22,44 milhões de toneladas, ajudando a compensar eventuais perdas da safra brasileira, especialmente no centro-norte do país, atingido por seca e calor severo.