Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras (BVMF:PETR4) informou nesta sexta-feira em nota que o navio-plataforma Guanabara alcançou sua capacidade máxima de produção, de 180 mil barris de petróleo por dia (bpd), no campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos, cerca de oito meses após entrar em operação, conforme comunicado.
O desempenho, segundo a petroleira, é resultado da alta produtividade por poço, da aceleração da curva de aprendizado e da utilização de tecnologias de última geração.
A unidade, do tipo FPSO (sistema flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo), atingiu o resultado com quatro poços produtores e três injetores de gás.
A petroleira pontuou que é a primeira plataforma de uma série de quatro unidades definitivas programadas para Mero, cada qual com capacidade de produzir até 180 mil bpd de petróleo.
"O resultado evidencia um ramp up (evolução) da produção em ritmo consistente, indicando elevada produtividade do campo e uma estratégia de desenvolvimento acertada, dentro dos mais rigorosos padrões de segurança operacional", disse em nota o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Fernando Borges.
O campo de Mero abriga não só o FPSO Guanabara, como também o FPSO Pioneiro de Libra, que opera o Sistema de Produção Antecipada (SPA 2), produzindo atualmente 50 mil bpd. O SPA 2 é dedicado à avaliação do comportamento da produção do campo. Com as duas unidades em operação, o campo de Mero produz atualmente cerca de 230 mil bpd.
A Petrobras destacou que o Guanabara tem "um dos mais robustos" programas de captura, uso e armazenamento geológico de dióxido de carbono (CO2), já que Mero tem um teor de 45% desse gás, possibilitando a redução das emissões de CO2. A empresa está desenvolvendo ainda uma tecnologia para separar, ainda no leito marinho, o gás produzido rico em CO2, para sua reinjeção no reservatório.
Mero é o terceiro maior campo do Brasil em volume de óleo in place, atrás apenas de Tupi e Búzios, também localizados no pré-sal da Bacia de Santos, destacou a Petrobras.
No segundo semestre deste ano, o consórcio prevê instalar a segunda plataforma definitiva em Mero: o FPSO Sepetiba, também com capacidade de produzir até 180 mil bpd. Até 2025, a empresa colocará em operação outras duas unidades no campo, totalizando cinco sistemas que, juntos, corresponderão a 770 mil bpd da capacidade instalada no país.
As operações do campo unitizado de Mero são conduzidas pelo consórcio operado pela Petrobras (38,6%), em parceria com a angloholandesa Shell (NYSE:SHEL) (19,3%), a francesa TotalEnergies (19,3%) e as chinesas CNODC (9,65%) e CNOOC (9,65%).