Os preços da alumina atingiram níveis sem precedentes esta semana, pressionando as margens dos produtores de alumínio globalmente. A London Metal Exchange (LME) registrou um preço de fechamento à vista de 633,35 USD por tonelada métrica para a alumina na quarta-feira.
Este aumento de preço elevou a relação preço alumina-alumínio para quase 25%, um salto significativo em relação à proporção de 15% no início de 2024, quando a alumina estava cotada a 350 USD por tonelada.
A alta nos preços da alumina é atribuída a uma série de interrupções no fornecimento ao longo do ano. Problemas recentes de exportação na Guiné, um importante fornecedor de bauxita para a China, desencadearam o último pico. A bauxita é o principal minério para a produção de alumina. O mercado físico de alumina está apertado, e a Shanghai Futures Exchange (ShFE) experimentou um frenesi especulativo, alimentando ainda mais o aumento de preços.
Na quarta-feira, a ShFE registrou um volume recorde de transações de quase 25 milhões de toneladas em seu contrato de alumina, o que representa aproximadamente um quinto da produção anual global. Os investidores têm participado ativamente neste mercado, como evidenciado pelos recordes de interesse em aberto. Em resposta à atividade especulativa, a bolsa aumentou os limites de negociação e as margens na quinta-feira, adicionando um prêmio sobre posições especulativas em comparação com posições de hedge industrial.
A dependência da China em relação à bauxita da Guiné tornou-se mais pronunciada, especialmente após inspeções ambientais limitarem o fornecimento doméstico e uma proibição de exportação da Indonésia no início de 2023. O papel da Guiné como principal fornecedor de bauxita da China cresceu, com as importações dobrando de 2000 para 2023 e um aumento adicional de 13% nos primeiros oito meses deste ano.
O mercado de alumina enfrentou múltiplos desafios de fornecimento. A Alcoa (NYSE:AA) anunciou o fechamento permanente de sua refinaria Kwinana na Austrália, com o encerramento previsto para o terceiro trimestre de 2024. A Rio Tinto (LON:RIO) declarou força maior nas entregas da refinaria de Queensland em maio devido a restrições na capacidade de gás. A Century Aluminum foi brevemente afetada pelo furacão Beryl em setembro, e a South32 levantou preocupações sobre operações australianas devido a regulamentações ambientais.
Apesar dessas interrupções, a produção nacional de alumínio da China aumentou 4,4% ano a ano nos primeiros oito meses de 2024. O país conseguiu manter o fornecimento de alumina, tornando-se até mesmo um exportador líquido para a Rússia, com as exportações aumentando 41% ano a ano entre janeiro e abril.
No entanto, a disponibilidade de alumina em bolsas como a ShFE não é tão robusta, com os estoques caindo mais da metade desde junho, levando a um prêmio para contratos à vista sobre contratos futuros. O impacto real das recentes interrupções nos embarques de bauxita da Guiné ainda está para ser visto, mas o tempo de reação do mercado diminuiu devido à influência do contrato futuro de Xangai. Isso introduziu um novo nível de volatilidade no mercado de alumina, que potencialmente pode afetar os preços do alumínio no futuro.
A Reuters contribuiu para este artigo.
Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.