Por Marcelo Teixeira e Nigel Hunt
NOVA YORK/LONDRES (Reuters) - Os contratos futuros do café arábica na ICE fecharam em queda acentuada nesta sexta-feira, depois que geadas durante a noite no maior produtor, Brasil, aparentavam ter sido menos intensas e espalhadas do que alguns esperavam.
Os preços do açúcar também caíram com o clima no Brasil e demanda enfraquecida.
CAFÉ
* O café arábica para setembro fechou em queda de 16,95 centavos de dólar, ou 8,6%, em 1,7955 dólar por libra-peso, recuando ainda mais da máxima de sete anos acima dos 2 dólares atingida na semana passada.
* Operadores afirmaram que o dano durante a noite para os cafezais não devem ser tão significantes como os infligidos pelas geadas da semana passada, apesar da saúde das safras estar sendo avaliada.
* "A incerteza sobre a extensão dos danos manteve os preços do café e do açúcar voláteis", disse o ING em uma nota.
* As temperaturas caíram em todo o Brasil na quinta e na sexta-feira - com rara nevasca durante a noite em vários lugares - à medida que uma massa de ar polar avançava em direção ao centro-sul do país, ameaçando as lavouras de café e cana-de-açúcar com geadas.
* De qualquer forma, já houve estragos na próxima safra do Brasil, segundo fazendeiros e agrônomos.
* O café robusta para setembro fechou em queda de 99 dólares, ou 5,3%, em 1.786 dólares a tonelada, seguindo o arábica.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto para outubro fechou em queda de 0,39 centavo de dólar, ou 2,1%, a 17,91 centavos de dólar por libra-peso.
* Os operadores estão esperando para ver se as temperaturas da noite no Brasil foram frias o suficiente para causar mais danos nas safras de cana-de-açúcar.
* "Os preços caíram com uma realização de lucros e uma visão de que o frio previsto para o Brasil talvez não seja tão frio quanto se temia", disse um corretor de açúcar.
* Os operadores também afirmaram que a demanda parece ausente com as refinarias premium continuando a sofrer.
* O açúcar branco para outubro fechou em queda de 5,70 dólares, ou 1,3%, a 445,70 dólares a tonelada.
(Reportagem de Marcelo Teixeira e Nigel Hunt)