Investing.com - Os preços do petróleo estendiam seu declínio pela segunda sessão nesta terça-feira enquanto investidores aguardavam dados semanais dos estoques norte-americanos de petróleo bruto e produtos refinados para avaliar a força da demanda do maior consumidor de petróleo do mundo.
O Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês), grupo do setor petrolífero, deve divulgar seu relatório semanal às 19h30 desta terça-feira. Dados oficiais da Administração de Informação de Energia serão divulgados na próxima quarta-feira em meio a projeções de uma redução nos estoques em torno de 3,5 milhões de barris, o que marcaria a terceira semana seguida de redução.
Contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI) recuavam US$ 0,24, ou cerca de 0,4%, e eram negociados a US$ 57,23 o barril às 06h20 após terem caído 1,5% no dia anterior.
Enquanto isso, o petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, estava cotado a US$ 62,22 o barril, queda de US$ 0,23 ou cerca de 0,4% a partir de seu último fechamento. O contrato sofreu uma perda de 2% na sessão anterior.
Preços do petróleo encerraram em baixa na última segunda-feira em meio a preocupações de que o aumento na produção de shale oil nos EUA afetaria os esforços da Opep para eliminar o excesso de oferta do mercado.
Dados recentes mostraram que companhias de energia dos EUA acrescentaram duas sondas na semana encerrada em 1º de dezembro, levando o total para 749, número mais alto desde setembro.
A produção doméstica dos EUA teve recuperação de quase 15% desde seu nível mínimo mais recente em meados de 2016 e o aumento na atividade de extração significa que a produção deverá crescer ainda mais, já que os produtores estão atraídos pelos preços que estão subindo.
As perdas foram limitadas graças à decisão da Opep de estender seus cortes na produção até o final do ano que vem. O grupo de produtores, em conjunto com países externos à organização, liderados pela Rússia, chegou a um acordo na semana passada para estender os atuais cortes na produção por mais nove meses até o final de 2018.
O pacto para cortar a produção de petróleo em 1,8 milhão de barris por dia foi adotado no último inverno pela Opep, Rússia e outros nove produtores globais. O acordo deveria acabar em março de 2018, uma vez que já teve uma extensão.
Os cortes na produção conduzidos pela Opep têm sido um dos principais catalisadores que sustentaram o rali recente dos preços do petróleo em meio a expectativas de que o reequilíbrio nos mercados de petróleo está em andamento.
Entretanto, temores de que a crescente produção norte-americana impactaria nos esforços da Opep para retirar o excesso de oferta dos mercados têm evitado que os preços subam muito, de acordo com participantes do mercado.
Em outras negociações de energia, contratos futuros de gasolina recuavam US$ 0,004, ou 0,3%, para US$ 1,689 o galão, ao passo que o óleo de aquecimento tinha perdas de US$ 0,006 e era negociado a US$ 1,887 o galão.
Contratos futuros de gás natural recuavam US$ 0,027, ou 0,9%, para US$ 2,958 por milhão de unidades térmicas britânicas.