Investing.com - Os preços do petróleo permaneciam sob pressão nesta segunda-feira, já que investidores continuavam a avaliar as consequências do furacão Harvey para a indústria do petróleo nos EUA.
O furacão Harvey chegou à costa no fim de semana como o mais poderoso furacão a atingir o Texas em mais de 50 anos, matando ao menos duas pessoas, causando inundações em larga escala e forçando o fechamento do porto de Houston e também de várias refinarias.
O Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês) afirmou nesta segunda-feira que o Harvey estava se afastando da costa, mas deveria permanecer próximo a ela até terça-feira e que as inundações poderiam se espalhar do Texas para a Louisiana.
O Texas possui capacidade diária de refino de 5,6 milhões de barris por dia e a Louisiana, 3,3 milhões de barris. Mais de 2 milhões de barris por dia da capacidade de refino deverão estar indisponíveis como resultado da tempestade.
Cerca de 22%, ou 379.000 barris por dia, da produção do Golfo do México não estava disponível devido à tempestade na tarde de domingo, conforme a Agência de Segurança e Proteção Ambiental dos EUA. Pode haver também cerca de 300.000 barris por dia indisponíveis devido à interrupção da produção na parte continental dos EUA, conforme fontes do setor.
O contrato com vencimento em setembro do petróleo bruto West Texas Intermediate estava cotado a US$47,56 o barril às 10h00 (horário de Brasília), queda em torno de US$ 0,31 ou 0,65%.
Do outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em outubro na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres ganhavam US$ 0,15 e o barril era negociado a US$ 52,12.
A commodity está sob pressão nas últimas semanas devido a preocupações com a crescente produção de shale oil nos EUA, que pode neutralizar os cortes na produção de membros da OPEP e países externos à organização.
A OPEP e outros 10 produtores externos ao cartel, incluindo a Rússia, chegaram a um acordo desde o início do ano para cortar 1,8 milhão de barris por dia da oferta até março de 2018 para reduzir a sobreoferta global e reequilibrar o mercado.
Até o momento, esse acordo teve pouco impacto nos níveis dos estoques globais devido ao aumento da oferta de produtores que não participam do acordo, como a Líbia e a Nigéria, e ao aumento incessante na produção de shale oil nos EUA.
Ainda na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), contratos futuros de gasolina com vencimento em outubro avançavam 3,75% para US$ 1,601 o galão. Subiram 7% mais cedo hoje e atingiram US$ 1,618, nível mais alto desde julho de 2015.
Contratos de óleo de aquecimento com vencimento em outubro avançavam 1,88% para US$ 1,655 o galão.