Por Arathy Somasekhar
HOUSTON (Reuters) - Os preços do petróleo saltaram cerca de 4 dólares o barril nesta segunda-feira, enquanto a Opep+ considera reduzir a produção em mais de 1 milhão de barris por dia (bpd) para sustentar os preços, o que seria seu maior corte desde o início da pandemia de Covid-19.
Os contratos futuros de petróleo Brent para entrega em dezembro subiram 3,72 dólares, para fechar a 88,86 dólares o barril, um ganho de 4,4%. O WTI, dos EUA, subiu 4,14 dólares, ou 5,2%, para 83,63 dólares o barril.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, conhecidos como Opep+, estão considerando um corte de produção de mais de 1 milhão de bpd, ante de reunião de quarta-feira, disseram fontes da Opep+ à Reuters.
Esse número não inclui cortes voluntários adicionais por membros individuais, acrescentou uma fonte da Opep.
A maioria dos traders esperava cortes de cerca de 50.000 bpd, disse Dennis Kissler, vice-presidente sênior de negociação da BOK Financial.
Se acordado, será o segundo corte mensal consecutivo do grupo após reduzir a produção em 100.000 bpd no mês passado.
"Depois de um ano tolerando preços extremamente altos, metas perdidas e mercados severamente apertados, a aliança (OPEP+) aparentemente não hesita quando se trata de agir rapidamente para apoiar os preços em meio à deterioração das perspectivas econômicas", disse Craig Erlam, analista de mercado da Oanda.
(Reportagem de Noah Browning; com reportagem adicional de Florence Tan e Muyu Xu)