Investing.com - Preços do petróleo subiam nesta quarta-feira após dados da Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) mostrarem que os estoques de petróleo bruto do país tiveram redução maior do que o que se esperava na semana passada, marcando a segunda semana consecutiva de redução.
Contratos futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate ganhavam US$ 0,21, ou cerca de 0,4%, com o barril negociado a US$ 50,63 às 11h35. Os preços estavam em torno de US$ 50,27 antes da divulgação dos dados dos estoques.
Enquanto isso, contratos futuros de petróleo Brent, a referência para preços do petróleo fora dos EUA, subiam US$ 0,12, ou cerca de 0,2%, e eram negociados por US$ 56,10 o barril após tocarem US$ 55,39, mínima de duas semanas atingida ainda durante a sessão.
A EIA afirmou em seu relatório semanal que os estoques de petróleo bruto tiveram redução de 6,023 milhões de barris na semana que se encerrou em 29 de setembro.
Analistas de mercado esperavam que os estoques de petróleo bruto tivessem redução de 756.000 barris, ao passo que o Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) informou na terça-feira uma diminuição de 4,0 milhões de barris.
O estoque em Cushing, Oklahoma, o principal ponto de entrega para o petróleo bruto da Nymex, teve aumento de 1,5 milhão de barris na última semana, informou a EIA.
No entanto, o relatório também mostrou que os estoques de gasolina tiveram aumento de 1,644 milhão de barris, em comparação a expectativas de aumento de 1,088 milhão de barris. No caso de estoques de destilados, incluindo diesel, a EIA relatou uma redução de 2,606 milhões de barris.
Os preços do petróleo estavam sob pressão nas últimas sessões já que um aumento na atividade de extração dos EUA e maior produção da OPEP freou um rali que ajudou os preços a marcarem seu maior ganho trimestral em 13 anos.
Em maio, membros da OPEP e externos à organização com liderança da Rússia chegaram a um acordo para estender os cortes na produção de 1,8 milhão de barris por dia por um período de novo meses até março de 2018 em uma aposta para reduzir os estoques globais de petróleo e sustentar os preços.
Contudo, os preços recuaram cerca de 5% apenas neste mês em meio a preocupações de que produtores norte-americanos aumentarão a produção e possivelmente a intensifiquem ainda mais para aproveitarem os recentes preços mais altos.