Por Julia Payne
LONDRES (Reuters) - Os contratos futuros do petróleo Brent operavam em alta nesta sexta-feira, após a Rússia dar sinais positivos de que pode contribuir com um corte maior na oferta de Opep e aliados, mas a Arábia Saudita expressava pessimismo sobre se um acordo poderia ser alcançado, já que o Irã insiste em uma isenção.
O petróleo Brent subia 0,51 dólar, ou 0,85 por cento, a 60,57 dólares por barril, às 9:27 (horário de Brasília).
O petróleo dos Estados Unidos avançava 0,1 dólar, ou 0,19 por cento, a 51,59 dólares por barril.
A ligeira recuperação dos preços veio depois de uma queda de quase 3 por cento no dia anterior, com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo encerrando uma reunião em sua sede em Viena, na Áustria, sem anunciar uma decisão sobre um corte na oferta.
O Irã aparecia nesta sexta-feira como principal obstáculo para o fechamento de um acordo da Opep para cortar a produção de petróleo, à medida que a Arábia Saudita, líder do grupo, ainda não havia alcançado um acordo sobre as isenções para o Irã, segundo duas fontes da Opep.
O ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, disse não estar confiante de que um acordo possa ser alcançado.
A Opep também quer que a Rússia coopere com os cortes na produção. O ministro da Energia da Rússia, Alexander Novak, retornou a Viena nesta sexta-feira depois de discutir sobre a Opep com o presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou.
Novak disse nesta sexta-feira que a Rússia buscará um acordo com produtores da Opep e aliados, e uma fonte do Ministério de Energia da Rússia disse que Moscou está pronta para contribuir com um corte de cerca de 200 mil bpd, acima dos 150 mil bpd anteriormente estimados.
Delegados da Opep têm pressionado Moscou a cortar cerca de 250 mil bpd.