DUESSELDORF (Reuters) - O presidente-executivo da E.ON, Johannes Teyssen, está determinado a ir adiante com a cisão das problemáticas usinas de energia da companhia e pode tomar medidas legais sobre uma legislação prevista que ameaça tirar do movimento a sua lógica financeira.
"Eu levarei o processo a um final bem sucedido, não importa o quanto custe", disse a jornalistas na quinta-feira.
A E.ON, maior concessionária de serviços públicos alemã, planeja fazer a cisão de suas usinas elétricas, atividades de negociação de energia e operações de petróleo e gás para uma unidade independente, respondendo à crise do setor energético.
O plano inclui deslocar 16,6 bilhões de euros (18,7 bilhões de dólares) em provisões de desmantelamento na área nuclear para a nova unidade, Uniper.
Mas o governo alemão, temendo que as concessionárias possam se abster de suas obrigações através destes movimentos, está trabalhando em uma lei que irá alongar o período pelo qual empresas controladoras são responsáveis pelas unidades e divisões desmembradas.
A E.ON pode optar por tomar uma ação legal caso tal lei seja aprovada, disse Teyssen. "Eu tomarei uma decisão uma vez que souber dos detalhes (da nova lei)", disse. "Eu não conheço nenhum outro país no mundo onde tal lei especial existe", completou.
(Por Tom Käckenhoff)