São Paulo, 7 nov (EFE).- O presidente da Repsol Sinopec, José María Moreno, afirmou que a companhia hispano-chinesa garante seu plano anual de investimentos no Brasil, com média de US$ 1 bilhão para 2013, apesar do aumento dos custos para a exploração de hidrocabonetos, segundo publicou nesta quinta-feira a imprensa digital.
Cotado pelo jornal "Valor Econômico", Moreno indicou que os investimentos aumentarão no próximo ano para o desenvolvimento da exploração do campo petrolífero de Sapinhoa, operado pela Petrobras no chamado pré-sal, um gigantesco horizonte de reservas de hidrocarbonetos em águas muito profundas.
A Repsol Sinopec aguarda entre hoje e amanhã a autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) para a exploração de um segundo poço, conhecido como Seat, na Bacia de Campos, no litoral sudeste do país.
A perfuração será realizada através da sonda sul-coreana Ocean Rig Mylos, com uma tecnologia que elevou os custos de US$ 800 mil para US$ 830 mil por dia.
Moreno considerou que se os volumes forem confirmados, em uma fase de avaliação que termina em 2016, a primeira extração de gás deverá começar em 2021.
Sobre a decisão da companhia de se retirar do leilão do campo de Libra, o maior do país que foi leiloado no mês passado, Moreno explicou que a Repsol Sinopec buscou parceiros para integrar um consórcio, mas nenhuma empresa queria uma participação superior a 10% e "assim não alcançamos o número necessário", apontou.
As petrolíferas asiáticas China National Corporation (CNPC) e China National Offshore Oil Corporation (CNOO), a francesa Total, a anglo-holandesa Shell e a Petrobas, garantida por lei como operadora, se adjudicaram em 21 de outubro a licitação do campo de Libra, o maior jazida de hidrocarbonetos até agora descoberta no Brasil. EFE