(Reuters) - O presidente russo, Vladimir Putin, disse ao primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, em um telefonema nesta quinta-feira, que a Rússia ainda está disposta a oferecer uma saída segura para os civis sitiados na siderúrgica de Azovstal, na cidade portuária ucraniana de Mariupol, anunciou o Kremlin.
O governo russo afirmou que Putin falou com Bennett em "uma troca completa de visões sobre a situação na Ucrânia", e que Kiev deveria ordenar que seus combatentes ucranianos barricados nas vastas instalações de Azovstal baixem suas armas.
Os soldados ucranianos presos no local resistem desesperadamente há semanas, e, embora alguns civis tenham utilizado corredores humanitários para chegar a locais seguros, outros continuam nas instalações da siderúrgica.
O Kremlin recusou anteriormente que as forças russas estejam invadindo a fábrica, em referência a uma ordem de Putin no dia 21 de abril para que o local fosse isolado e que seus labirintos de túneis subterrâneos não fossem explorados pelas forças russas.
A nota do Kremlin não fez referência direta à gigantesca discussão diplomática iniciada no início da semana quando o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, sugeriu em uma entrevista televisionada que o ditador nazista Adolf Hitler tinha origens judaicas. Israel classificou a afirmação como uma falsidade imperdoável sobre o Holocausto, e exigiu um pedido de desculpas.
O Kremlin afirmou que Putin e Bennett, antecipando a comemoração da vitória russa sobre os nazistas na Segunda Guerra Mundial, no dia 9 de maio, "enfatizaram o significado especial da data para os povos de ambos os países, que preservam cuidadosamente a verdade histórica sobre os eventos daqueles anos e honram a memória de todos os mortos, incluindo as vítimas do Holocausto".
(Reportagem da Reuters)