MOSCOU (Reuters) - Um acordo global para reduzir a produção de petróleo, liderado pela Opep e a Rússia, deve continuar porque o mercado ainda não está equilibrado, disse o ministro russo da Energia, Alexander Novak, nesta terça-feira.
Os cortes de produção que começaram há um ano, em uma tentativa de remover um excesso de petróleo global, elevaram o preço do petróleo Brent em mais de 50 por cento desde meados de 2017, para 70 dólares o barril na semana passada, atingindo este preço pela primeira vez desde dezembro de 2014.
Um dos principais produtores de petróleo da Rússia, Lukoil, disse que o país deve começar a sair do pacto se os preços do petróleo permanecerem em 70 dólares por barril por mais de seis meses.
"No momento, acho que o acordo deve continuar e não reagir a mudanças momentâneas e passageiras", disse Novak, falando aos repórteres nos bastidores do fórum anual Gaidar.
"Eu acredito que precisamos ser consistentes e estáveis em nossas decisões e fazer nossos julgamentos cuidadosamente, com base no pensamento de longo prazo", disse ele.
Novak disse na sexta-feira que a possibilidade de eliminar gradualmente o acordo, que vai até o fim de 2018, seria discutida em uma reunião de 21 de janeiro em Omã.
(Reportagem de Darya Korsunskaya e Katya Golubkova)