MOSCOU (Reuters) - A Rússia planeja manter a proibição de importação de alimentos do Ocidente durante mais seis meses, contando a partir de agosto, e pode acrescentar novos itens à lista, uma retaliação às sanções europeias renovadas contra Moscou, disseram autoridades nesta segunda-feira.
No mesmo dia, os ministros das Relações Exteriores da União Europeia renovaram as sanções econômicas contra a Rússia até 31 de janeiro do ano que vem, mantendo a pressão para que Moscou ajude a resolver o conflito da Ucrânia.
"Levando em conta que a União Europeia manteve as sanções contra a Federação Russa por meio ano, peço a vocês que preparem minha proposta para o presidente (russo, Vladimir Putin) para ampliar o decreto presidencial (sobre o veto) por este período", declarou o primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, em uma reunião com seus vices.
Muitos já esperavam que a Rússia levasse sua proibição para além do prazo de 8 de agosto, já que autoridades haviam dito que a decisão dependeria diretamente da manutenção das sanções europeias.
O Ministério da Agricultura da Rússia começou a elaborar uma proposta para a lista de importações a serem incluídas na proibição e pode acrescentar produtos a ela, disse Ilya Ananyev, representante da pasta, à Reuters.
O veto, que proíbe a importação de alimentos no valor de 9 bilhões de dólares de Estados Unidos, UE, Austrália, Canadá e Noruega, foi imposta por uma ano em represália às sanções ocidentais à Rússia por conta da crise ucraniana.
(Por Polina Devitt e Darya Korsunskaya)