RIO DE JANEIRO (Reuters) - A petroleira Shell registrou uma atuação mais modesta no leilão de áreas de petróleo e gás do Brasil nesta quinta-feira, em um certame marcado pelo forte apetite de Petrobras (SA:PETR4) e da norte-americana Exxon Mobil (NYSE:XOM), mas o presidente-executivo da anglo-holandesa no país avaliou ainda assim o desempenho da companhia como positivo.
"Nós levamos quatro (blocos), para nós foi positivo, e a gente tem mais coisa para trabalhar em um portfólio que já está bem grande. E o time no escritório está bastante feliz porque tem mais atividade para a gente trabalhar, inclusive como operadora", disse a jornalistas o presidente da Shell no Brasil, André Araújo, destacando que a companhia será operadora em três desses blocos.
Segunda maior produtora de petróleo no país, atrás da Petrobras, a Shell teve uma participação mais discreta que a Exxon, que retornou com força ao Brasil no ano passado, após regras mais favoráveis para o investimento privado.
"Estamos agora mais confiantes no investimento no Brasil, sem dúvida... Temos várias oportunidades pela frente, estamos analisando cada rodada... queremos ter um portfólio robusto aqui", disse a presidente da Exxon no Brasil, Carla Lacerda, após o leilão.
Os lances mais valiosos do certame foram concentrados na Bacia de Campos.
Apenas nesta bacia, quatro consórcios integrados por Petrobras e Exxon arremataram áreas que somaram bônus de assinatura de 6,78 bilhões de reais, de um total de 8 bilhões registrados em todo o leilão, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
(Por Marta Nogueira, Rodrigo Viga Gaier e Alexandra Alper)