Trabalhadores da indústria agroexportadora argentina entram em greve na terça

Publicado 30.11.2020, 20:56
© Reuters. Navios carregados com grãos em porto na região de Rosario, Argentina
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BUENOS AIRES (Reuters) - Dois importantes sindicatos da indústria agroexportadora da Argentina, uma das principais fornecedoras de alimentos do mundo, anunciaram nesta segunda-feira que realizarão uma greve por tempo indeterminado a partir da manhã de terça-feira.

Os trabalhadores da indústria de oleaginosas e os inspetores de grãos locais exigem um reajuste salarial em meio à alta inflação que afeta há anos a Argentina, a maior exportadora global de óleo e farelo de soja.

"Em nenhum momento as câmaras patronais tiveram vontade de negociar e, muito pelo contrário, têm procurado empurrar para o conflito todas as organizações sindicais do setor", disseram as duas entidades em um comunicado conjunto.

O protesto, que terá início às 9h (GMT), foi anunciado pela Federação dos Trabalhadores do Complexo Industrial Oleaginoso, Beneficiadores de Algodão e Afins da República Argentina (FTCIODyARA), que não envolve as principais fábricas do norte de Rosário, e pelo Sindicato dos Recebedores de Grãos e Anexos da República Argentina (Urgara).

As manifestações salariais, comuns no agronegócio argentino, se intensificaram nos últimos meses, após a pandemia de coronavírus dificultar as negociações entre as empresas e os trabalhadores.

"As negociações da paridade (salarial) estão paralisadas devido às 'reivindicações excessivas e de cumprimento impossível' que colocam em risco a única fonte de ingresso de divisas do país", afirmou em comunicado a Ciara-Cec, câmara de empresas agroexportadoras.

© Reuters. Navios carregados com grãos em porto na região de Rosario, Argentina

Tanto a Urgara quanto a federação deram início em setembro às medidas de força, nas quais a intermediação do governo não conseguiu evitar o conflito.

(Reportagem de Maximilian Heath e Nicolás Misculin)

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