As perspectivas financeiras para o oleoduto Trans Mountain do Canadá, que recentemente completou uma expansão de C$ 34,2 bilhões, indicam uma dependência de embarcadores de última hora, ou spot, para alcançar lucratividade. O gasoduto, que começou a operar em maio e tem capacidade de 890 mil barris por dia, reserva 20% de seu espaço para esses clientes spot que pagam pedágios mais altos em comparação com aqueles com contratos de longo prazo.
De acordo com documentos apresentados em abril como parte de uma disputa de pedágio, o gasoduto pode não ter um retorno patrimonial positivo até 2031, a menos que consiga preencher sua capacidade não comprometida de 178.000 barris por dia. O CFO da Trans Mountain, Mark Maki, expressou confiança na alta utilização do gasoduto devido ao crescimento da produção canadense e antecipa um aumento nos volumes spot no final do ano.
Apesar desse otimismo, o gasoduto enfrenta desafios como altos pedágios e problemas logísticos no Porto de Vancouver, afetando sua competitividade. Por exemplo, a Enbridge Mainline (NYSE:ENB) e o oleoduto Keystone da TC Energy (NYSE:TRP) oferecem tarifas de pedágio mais baixas e menor capacidade spot, o que poderia influenciar clientes em potencial.
A Canadian Development Investment Corporation (CDEV), dona da Trans Mountain, reconheceu em maio de 2023 que os custos crescentes da expansão diminuíram a vantagem competitiva do gasoduto. Os custos do projeto superaram significativamente as estimativas iniciais, com o custo de um segmento subindo de C$ 377 milhões em 2017 para C$ 4,6 bilhões em 2023.
O governo canadense, que comprou a Trans Mountain em 2018 para garantir a conclusão da expansão, está procurando vender o gasoduto, mas incertezas como a disputa de pedágio em andamento e a potencial venda para comunidades indígenas podem afetar sua avaliação. A Trans Mountain tomou emprestado C$ 17 bilhões do governo e tem uma linha de empréstimo bancário de C$ 19 bilhões, com projeções mostrando que poderia incorrer em mais de C$ 1 bilhão em pagamentos anuais de juros até 2032.
O analista da Morningstar, Stephen Ellis, observou que, mesmo no melhor cenário, o retorno sobre o patrimônio líquido do gasoduto até 2034 dificilmente atingiria o nível mínimo aceitável para um ativo midstream no Canadá. Além disso, espera-se que a relação dívida/Ebitda do gasoduto permaneça acima dos níveis típicos até 2040.
Enquanto o gasoduto busca otimizar seu plano financeiro, o governo e as partes interessadas, incluindo a Pembina Pipeline Corp (NYSE:PBA) e grupos indígenas, aguardam resolução sobre a questão do pedágio e projeções financeiras mais claras antes de avançar com qualquer potencial venda.
A Reuters contribuiu para este artigo.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.