Investing.com - Os contratos futuros de trigo e milho dispararam nesta segunda-feira, uma vez que preocupações cada vez maiores com uma interrupção no abastecimento oriundo da Ucrânia aumentaram os preços.
O Ministério da Agricultura dos EUA (USDA) espera que a Ucrânia seja o quinto maior país exportador de trigo e o terceiro maior exportador de milho no ano de comercialização atual.
Uma interrupção no abastecimento oriundo da Ucrânia pode significar aumento na demanda pelas reservas norte-americanas.
Na Bolsa Mercantil de Chicago, o trigo para entrega em maio foi negociado a US$ 6,3788 por bushel, o nível mais alto desde 12 de dezembro. Os preços do grão estavam sendo negociados a US$ 6,3138 por bushel nas negociações norte-americanas da manhã, subindo 4,8%.
Na sexta-feira, o contrato de trigo de maio recuperaram-se 2,21%, para US$ 6,0220 por bushel.
O USDA projetou que Rússia e Ucrânia produzirão um combinado de 74 milhões de toneladas de trigo na temporada de comercialização de 2013-14 e exportar um total de 26,5 milhões de toneladas do grão, o que representa 17% do comércio mundial.
Segundo o USDA, prevê-se que a Ucrânia exporte 10 milhões de toneladas de trigo na temporada atual, ao passo que os embarques de trigo da Rússia devem totalizar 16,5 milhões de toneladas.
Enquanto isso, os futuros de milho para entrega em maio saltaram para uma alta diária de US$ 4,8263 por bushel, o nível mais forte desde 3 de setembro, antes de redzuir os ganhos e serem negociados a US$ 4,8283 por bushel, avançando 4,1%.
Na sexta-feira, o contrato de trigo de maio saltou 1,98%, para US$ 4,6340 por bushel.
Segundo o USDA, prevê-se que a Ucrânia exporte 18,5 milhões de toneladas de trigo na temporada atual, o que representa 16% do comércio mundial.
Na CBOT, os contratos futuros de soja para entrega em maio recuperaram-se 1,6% e foram negociados a US$ 14,3675 por bushel. O contrato de maio atingiu uma alta de seis meses de US$ 14,4540 por bushel em 27 de fevereiro.
Os preços da oleaginosa ficaram bem apoiados nas últimas sessões após condições climáticas quentes e secas nas principais regiões produtoras de soja no Brasil e na Argentina terem alimentado preocupações com as perspectivas de safra.
Os países sul-americanos são os principais exportadores de soja e competem com os EUA pelos negócios no mercado global. As perdas nas safras brasileiras e argentinas podem significar aumento na demanda pelas reservas norte-americanas.
O milho é a maior safra norte-americana, seguido pela soja, segundo estatísticas do governo. O trigo ocupa o quarto lugar, atrás do feno.