(Reuters) - A operadora de energia nuclear da Ucrânia disse nesta sexta-feira que restabeleceu sua conexão com os sistemas de vigilância na usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, ocupada por forças russas.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão de vigilância atômica da ONU, afirmou que quer inspecionar a usina no sul da Ucrânia com urgência, mas as autoridades ucranianas se opõem a qualquer visita enquanto as forças russas permanecem no controle.
Foi a segunda vez que as comunicações foram perdidas com a usina, composta por seis reatores.
A agência estatal ucraniana Energoatom disse em seu canal Telegram que restaurou a conexão "por seus próprios esforços".
A conexão, afirmou, foi interrompida "devido ao corte pelos ocupantes em Enerhodar de todas as operadoras móveis ucranianas, incluindo a Vodavone, com a qual a (AIEA) tem um contrato para transmissão de dados".
Todos os "dados de monitoramento obrigatórios estão sendo transmitidos" e a AIEA confirmou o recebimento, informou a Energoatom.
A AIEA disse no início desta semana que a perda de links de comunicação "só aumenta a urgência de despachar esta missão" para Zaporizhzhia.
As forças russas invadiram a Ucrânia em 24 de fevereiro e ocuparam a usina no início de março depois que um bombardeio perto do local causou um incêndio em um de seus prédios.
Um vice-primeiro-ministro russo disse no mês passado que Moscou esperava conectar a usina à rede de energia russa, mas autoridades ucranianas disseram que levaria anos para conectar a estação à Rússia.
(Reportagem de Ronald Popeski)