NOVA YORK (Reuters) - Os produtores brasileiros devem colher 62,6 milhões de sacas de 60 kg de café na safra 2022/23 (julho a junho), volume que é 1,7 milhão de sacas menor do que o projetado em junho, informou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na terça-feira.
Em sua segunda estimativa para a produção brasileira, a agência do governo dos EUA disse que os cafeeiros do maior produtor e exportador mundial sofreram mais do que o inicialmente estimado com as condições climáticas desfavoráveis, levando a rendimentos menores.
O USDA disse que toda a redução em sua projeção veio de um corte de 1,7 milhão de sacas na produção de café arábica, a variedade mais suave preferida por cadeias de café como Starbucks e Panera.
O departamento agora espera que o Brasil produza 39,8 milhões de sacas de arábica, ante 41,5 milhões de sacas em junho.
Os Estados Unidos são o maior consumidor mundial de café, enquanto o Brasil é seu maior fornecedor.
A produção de café do Brasil foi impactada negativamente pelo clima irregular nas duas últimas safras, incluindo as geadas mais fortes em 40 anos e a seca mais severa em décadas enfrentadas no ano passado.
O USDA manteve sua projeção para a produção brasileira de café robusta, tipo amplamente utilizado para fazer café solúvel, inalterada em 22,8 milhões de sacas.
(Por Marcelo Teixeira)