SÃO PAULO (Reuters) - A fixação de preços das usinas de cana do Brasil no mercado futuro de Nova York para a safra 2017/18 atingiu, até o final de agosto, 5,61 milhões de toneladas, ou 21,2 por cento da exportação projetada para o país, estimou nesta sexta-feira a Archer Consulting, em seu terceiro levantamento sobre as vendas antecipadas do adoçante.
O ritmo de fixação é recorde, com preços e um câmbio favorável pra exportações, com uma alta de 5,2 pontos percentuais nas fixações de preços ante a estimativa divulgada em agosto.
Em safras anteriores, o percentual máximo de fixação acumulada até agosto havia sido de 17 por cento em 2012/13, disse a Archer, o que indica as estratégias de mix de destinação de cana das empresas para o ano que vem.
Sondagem da Reuters com analistas publicada na véspera indicou que o centro-sul do Brasil deve elevar em cerca de 1 milhão de toneladas a produção de açúcar no próximo ano em comparação com a produção vista para a atual safra.
O preço médio apurado nas fixações foi de 16,49 centavos de dólar por libra-peso, segundo a consultoria. Assim, o valor médio ajustado de fixação, considerando as NDFs (contratos a termo de dólar com liquidação financeira), aponta para 1.507,80 reais por tonelada.
Segundo a Archer, julho e agosto foram meses com baixo volume médio diário de negociação na bolsa, mas a expectativa é que o número de setembro cresça substancialmente.
(Por Roberto Samora e Marcelo Teixeira)