Trípoli, 16 dez (EFE).- As exportações de petróleo da Líbia estão limitadas a 200 mil barris diários, muito longe da capacidade máxima de 1,6 milhões, por causa da violência, o que motivou uma operação militar do governo para retomar o controle dos portos.
O coronel Ismael Chukry, nomeado porta-voz da operação batizada como "Churuk", informou nesta terça-feira que o objetivo é libertar os terminais petrolíferos, expulsando os "grupos fora da lei" que os controlam atualmente.
No sábado passado, o governo anunciou o fechamento dos portos de Es Sider e Ras Lanuf, os dois maiores do país, devido à intensificação dos combates.
"'Churuk' não é uma operação dirigida contra um cidade nem contra uma tribo", garantiu Chukry para diminuir as acusações de sectarismo sempre presentes no país.
Além disso, esclareceu que a operação terá o extremo cuidado de não danificar as instalações petrolíferas, e que as companhias estrangeiras que realizam as exportações nesses terminais estão sob a proteção do governo.
O porta-voz afirmou que, por enquanto, aviões não serão empregados na ação para minimizar as perdas, tanto humanas como materiais.
"Assim que a operação terminar, entregaremos todos os portos ao governo de Trípoli", disse Chukry, explicando que a ofensiva será similiar à "Fayr", iniciada há meses para retomar o controle da capital e conduzida por milícias islamitas.
Os conflitos estão dividindo o país entre o oeste (onde está Trípoli), com autoridades, milícias islamitas e simpatizantes, e o leste, onde a única força organizada é do general insurgente Khalifa Hafter, que, no entanto, não se impõe sobre os demais grupos.